Administração gillete
No banheiro da sua residência em Boston, EUA
(cidade-sede da matriz da Gillette e palco da tomada de todas as decisões estratégias da companhia), enquanto fazia a sua barba com o aparelho Mach3, no dia 2 de outubro de 1998, Alfred Zeien, então diretor-presidente da Empresa, experimentava, frente ao espelho, uma viagem no tempo: para o início da década de 90!
Naquela época, o mercado norte-americano de aparelhos de barbear poderia ser descrito da seguinte maneira: tamanho da população masculina adulta
(público-alvo) relativamente estável, o produto já consolidado e a Gillette sendo a líder incontestável
(muito distante da segunda colocada).
O mercado bem definido e maduro fez com que os altos executivos da Empresa se perguntassem: “Como a Gillette pode aumentar seus lucros?”. Aumentar o giro (ou seja, o volume de unidades vendidas) seria muito difícil em face dessa “monotonia” do mercado.
A resposta estaria em aumentar a margem.
O início promissor do Mach3, em 98, parecia confirmar que a resposta estava certa. Mas, ao final de sua barba, Alfred Zeien já se preocupava com o futuro.
Naquele momento, uma grande parcela de cientistas da Empresa já se ocupava de um novo lançamento previsto para 2006.
Era o primeiro grande segredo industrial da Gillette para o século XXI, e ressaltava a estratégia da
Empresa em pioneirismo, inovação e marketing.
Até aquele momento, a coerência das atitudes com esta estratégia trouxera resultados que faziam crer que a Gillette estava no caminho correto ao fazer planejamentos de tão longo prazo. Mas para sempre duraria o sucesso desta estratégia?
HISTÓRICO
A navalha moderna foi criada no século XVIII pelo francês Jean Jaques Perret. Antes desta, a navalha cortava dos dois lados e era mais perigosa.
Em 1901, King. C. Gillette inventou (a partir de um modelo pré-existente em forma de “T”), patenteou, produziu e comercializou um sistema de barbear que