Administração da educação no brasil colonia
A formação da sociedade brasileira sofreu e vem sofrendo transformações ao longo dos últimos cinco séculos, pois, ela não foi fruto apenas dos grandes descobrimentos, mas resultou sim da descoberta decisiva, para a transição europeia, da idade media feudal para a modernidade capitalista. Inicialmente, a sociedade brasileira se organiza ainda incipientemente povoada, sobre umas economias agrárias, latifundiárias e escravistas, e assumindo essa forma de economia, realiza sua “tarefa histórica”, enriquecendo o empresário europeu e o colonial, fazendo avançar a transição capitalista em âmbito internacional. Instalou-se aqui, o que se chamou de economia colonial agroexportadora, que foi uma forma primitiva de dominação capitalista, diferente da europeia, que assumia formas cada vez mais avançadas, na sua ruptura com o passado escravista feudal. No espaço econômico que ela criou, havia lugar para dois agentes, o que produzia e o que tinha a propriedade dos meios de produção e dos bens produzidos. Sendo assim, a única forma de cultura que poderia se esperar, sem duvida, seriam uma que fosse marcada pelo autoritarismo típico da religião institucionalizada, pelo elitismo de uma estrutura social brutalmente dividida em extremos intocáveis e pelo caráter contemplativo adequado as existências ociosas, dos que vivem da produção primaria e de produtores compulsórios. É assim que a cultura colonial, precária até mesmo entre os círculos socialmente mais seletos, parecia se distanciar da mesquinha e cruel existência colonial. Numa sociedade onde a cultura era como ornamento e mercadoria de lucros, muitos dispensavam a formação intelectual, pois, ser uma pessoa culta se apresentava como um substituto para aqueles que não dominavam diretamente as fontes do poder,, representados pela terra e pelos escravos. E é natural que a espécie de cultura que