Sistema Educacional do Brasil Colonial
Lilian Flamino –
A educação que migrou para os ”bancos escolares” do Novo Mundo (Brasil) tinha forte influência da Bíblia Sagrada. A transmissão oral da Palavra de Deus tinha forte conteúdo de dominação da Metrópole em relação aos povos conquistados, e os jesuítas tiveram papel importante nesse trabalho: persuadiam as populações indígenas a se converterem ao cristianismo e o processo pedagógico que facilitava a circulação dos conquistadores nas terras ocupadas, como ocorreu a partir de 1549, com a chegada dos primeiros jesuítas ao Brasil, chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega.
A presença dos jesuítas nesses territórios confirmava a idéia de que Deus era a única fonte de toda a sabedoria, e que dela viria à aceitação de obediência e de respeito aos poderes constituídos, ou seja, (aos reis). Segundo historiadores “(o colégio e a universidade, nesse tempo, eram destinados a pouca gente). Em princípio, a educação buscava atingir pequena parcela da sociedade colonial: os indígenas. Entretanto, nesse período da história brasileira, a sociedade começava a se mesclar: índios, negros e europeus, dando início à nova estrutura social, sempre com o preconceito em relação a negros e índios, tendo esses tratamento desumano. A educação imposta pelos jesuítas visava, no início, atender aos nativos, mas o rumo dos acontecimentos mudou essa estratégia: passou a formar professores missionários e letrados, que iriam fazer parte de uma elite capaz de contribuir com a finalidade da colônia. Mesmo em terras longínquas, os portugueses se faziam presentes, procuravam estabelecer sua forma de vida, de maneira imposta por meio das letras e da religião. “O serviço de Deus e o serviço ao Rei” reforçavam o poder do Estado português. Onde o “sistema educacional” era severo e tinha a função de preservar a cultura da metrópole, abolindo as culturas indígenas. No que diz respeito à educação implantada pelos padres jesuítas no Brasil, só nos mostra a