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Extraído da tese de doutorado de Eloise Helena Livramento Dellagnelo : Novas Formas Organizacionais: ruptura com o modelo burocrático? Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção/UFSC. Florianópolis/SC, 2000.
Existe uma ampla literatura tratando das questões relativas às mudanças que vem acontecendo no contexto organizacional, quer sejam em termos de estrutura, tecnologia, estratégia, processos, e outros. Tentar identificar e sintetizar as discussões mais significativas não é tarefa fácil em virtude, principalmente, da falta de unificação nas dimensões analisadas, além das diferentes perspectivas prescritivas e analíticas que acompanham o tema.
Desta forma, buscou-se elementos principalmente nos trabalhos baseados em pesquisa empírica para poder sedimentar as discussões aqui apresentadas.
O ambiente caracterizado por intensa competição vem sendo identificado pela grande maioria dos autores pesquisados como fator determinante destas novas abordagens organizacionais. Esta tendência vem sendo caracterizada por aumento da competição global, abertura dos mercados, emergência do capitalismo em todos os cantos do mundo, desregulamentação, privatização, desenvolvimento tecnológico e, ainda, a revolução digital. Conforme trabalho anterior, acredita-se que se possa agrupar estas principais perspectivas que justificam a busca por novas formas organizacionais em três grandes blocos: desenvolvimento tecnológico, aumento da competição no mercado e estabelecimento de um mercado mais exigente (Dellagnelo, 1993).
Neste sentido, vários autores afirmam que uma nova tendência no redesenho organizacional se caracteriza pelo desenvolvimento de capacidades que possibilitam a transformação constante. Nas palavras de Galbraith e Lawler IQ (1998), a possibilidade da organização de vencer em ambientes altamente competitivos reside no sucesso em combinar capacidades difíceis de serem combinadas. Assim, conforme os autores,