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1) A geografia, de acordo com o estudado nesta disciplina, pode ser considerada como um dos conhecimentos mais antigos da história, uma vez que, a própria locomoção do indivíduo no território terrestre resulta em um diagnóstico da trajetória percorrida.
Os gregos aprofundaram o estudo da geografia, escolhendo um termo para este segmento (onde ‘geo’ significa terra; e ‘grafia’ significa descrição). Para este povo, o conhecimento do local onde viviam e das terras circundantes eram de suma importância, sobretudo para efetivação de trocas comercias.
Muitos dos pensadores da Antiguidade restringiam-se a medição do espaço e a indagações de como seria a forma da Terra. Heródoto propunha-se, no entanto, a estudar a descrição dos lugares por uma perspectiva regional. Já Aristóteles, apesar de não empregar o termo geografia, tratava da idéia de lugar, homem- natureza e descrições regionais. Do acima exposto, depreende-se que a geografia se apresentou de forma dispersa e não como um todo, como uma disciplina propriamente sistematizada. Este fenômeno passa a ocorrer somente entre os séculos XVIII e XIX, em decorrência de inúmeros elementos, como o avanço do capitalismo e o novo paradigma de interpretação do mundo. Fatores como a ampliação de conhecimento, a expansão marítima, elaboração de inventários (com descrição dos lugares) e da mudança sócio-político-cultural, propiciaram um cenário favorável a sistematização do saber geográfico.
2) A Geografia tradicional teve como principais expoentes Alexandre Van Humboldt e Karl Ritter, principais responsáveis pelo processo de sistematização do saber geográfico (ambos ligados a Aristocracia prussiana). Nesta época, a Alemanha ainda não se constituía como um Estado-nação, não apresentava fortes características capitalistas. A concepção de Estado só surgiu em contrapartida ao expansionismo napoleônico, e seus decorrentes bloqueios continentais, que impulsionaram o crescimento industrial na Alemanha e