Acidentes De Trabalho
Da Construção
Joseanne Diniz
Professor Claudio Freitas
Colégio Doctum/ Módulo II
ACIDENTES DE TRABALHO: UM IMPACTO SOCIOAMBIENTAL DAS USINAS HIDRELÉTRICAS
A construção civil lidera o ranking de acidentes de trabalho com mortes no país. De acordo com o Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social, em 2010 foram 54.664 ocorrências, dos quais 36.379 se enquadram como "acidentes típicos", como as quedas em altura – que é a causa mais comum de lesões e morte – e os acidentes em trabalhos de escavação e movimentação de cargas. No mundo inteiro, os trabalhadores da construção civil têm três vezes mais probabilidades de sofrer acidentes mortais e duas vezes mais de sofrer ferimentos. O Anuário Estatístico da Previdência Social revela que, em 2001, ocorreram no país cerca de 340 mil acidentes de trabalho. Em 2007, o número elevou-se para 653 mil e, em 2009, chegou a preocupantes 723 mil ocorrências, dentre as quais foram registrados 2.496 óbitos. Foram quase sete mortes por dia em virtude de acidente de trabalho. A Previdência Social despende, anualmente, cerca de R$ 10,7 bilhões com o pagamento de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias e, segundo o economista José Pastore, o custo total dos acidentes de trabalho é de R$ 71 bilhões anuais, numa avaliação subestimada. Este valor representa 9% da folha salarial anual dos trabalhadores do setor formal do Brasil, e reúne os custos para as empresas (seguros e gastos decorrentes do próprio acidente) e para a sociedade (Previdência Social, Sistema Único de Saúde e custos judiciários).
Especificamente, os trabalhadores das obras de UHE (Usina Hidrelétrica de Energia) são expostos aos riscos e perigos, sobretudo, de soterramentos, de quedas e/ou de choques elétricos (ANAMATRA, 2013), que provocam acidentes de trabalho seguidos de morte. Sujeitos também aos acidentes de trabalho que, provocam invalidez permanente ou temporária e, ainda as más condições ambientais