Acelerometros
A vibração normalmente ocorre devido aos efeitos dinâmicos de tolerâncias de fabricação, folgas, contatos, atrito entre peças de uma máquina. As vibrações podem excitar as freqüências naturais das peças que compõem o sistema, fazendo com que sejam amplificadas podendo até danificar o conjunto estruturalmente.
Entretanto a vibração mecânica também pode realizar trabalho útil. Por exemplo, pode-se provocar a vibração em dispositivos alimentadores de componentes ou peças numa linha de produção, em compactadores de concreto, em britadores e bate-estacas. Uma exigência básica do trabalho vibratório está na capacidade de se conseguir uma avaliação exata dessa vibração por meio da medição e análise.
Nos últimos 15 anos foi criada uma nova tecnologia de medição de vibração, permitindo avaliar máquinas que funcionam em alta velocidade e num elevado ritmo de solicitação. Utilizando acelerômetros piezoelétricos, com a finalidade de converter o movimento vibratório em sinais elétricos, o processo de medição e análise é habilmente realizado graças à versatilidade de aparelhos eletrônicos (Medições de Vibrações, 2007).
O que é vibração?
Diz-se que um corpo vibra quando descreve um movimento oscilatório em relação a um corpo de referência. O número de ciclos do movimento em um segundo é chamado de freqüência, medido em hertz (Hz). O movimento pode consistir num único componente com uma única freqüência, como ocorre com o diapasão, ou em vários componentes que ocorrem em diversas freqüências, como no caso de um pistão de combustão interna. Veja a figura 1 com diversos exemplos de sistemas vibratórios.
Figura 1 – Freqüências fundamentais e harmônicos. Fonte: Fernandes, 2000.
Na prática, os sinais de vibração consistem geralmente de inúmeras freqüências, que ocorrem simultaneamente. De imediato, não se pode observá-las analisando as respostas de amplitude com relação ao tempo na tela de um osciloscópio, nem determinar quantos componentes