Acadêmica

Livro: Tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar
Texto: Da polarização das qualificações ao modelo da competência
Autora: Helena Hirata

As mudanças que ocorrem hoje no mercado de trabalho são alternativas ao fordismo. E estão voltadas para a produção, por isso a qualificação formal e tácita serão abordadas e realizadas a distinção entre ambas. Também será explicitada a divisão do trabalho e a especialização flexível.
1. Os novos paradigmas de produção e a evolução da divisão do trabalho e da qualificação Ao abordar as características de trabalho estipulada no fordismo, fica evidente o isolamento, proibição de diálogo durante a linha de produção, bem como o cumprimento rigoroso de normas. No início dos anos oitenta dava-se origem juntamente com o modelo fordista a especialização flexível, que era a capacidade de variar o emprego e o tempo de trabalho em função da conjuntura. Esta modalidade de trabalho tinha a intensão de superar a crise provocada pelo modelo fordista, porém deveria haver um bom relacionamento entre os operários e a empresa. Além de superar a crise este novo modelo pretendia romper com o modelo taylorista e fordista, porque previa uma nova lógica da divisão do trabalho, possibilitando assim, uma maior integração das funções. E com a automatização da produção causaria um impulso a formação e reprofissionalização da mão-de-obra nos três ramos industriais químico, máquinas-ferramentas e automobilístico, independente do número de mão-de-obra nos setores. Este novo modelo japonês diverge do taylorista em relação a remuneração, postos de trabalho e competências. Que acabam sendo implantados em empresas menores e incorporadas por mulheres também.

2. Da polarização das qualificações ao modelo da competência: a evolução do debate no contexto dos novos paradigmas produtivos Braveman no início dos anos setenta abriu uma discussão que essa divisão do trabalho ocasionaria trabalhadores muito qualificados, já a