Academicos

O conhecimento, produto da atividade consciente do pensamento, estabelece a natureza social do ser humano e o condiciona a sua história e a sua cultura. Nascer humano não é suficiente para tornar-se humanizado: socializado, dotado de comportamentos, conceitos e hábitos humanos. O homem aprende com seus semelhantes uma série de atitudes que jamais poderia desenvolver no isolamento. Pois o aprendizado é um processo de transmissão geracional, onde as gerações mais velhas transmitem às mais novas suas experiências e conhecimentos no sistemas simbólicos de linguagens que são os códigos visuais, orais e materiais que permitem a comunicação e possuem sentidos compartilhados.
No universo da sobrevivência e da perpetuação da espécie, diferente dos animais, os homens desenvolveram formas de convivência para serem hoje a humanidade existente. Essa convivência se deu graças ao conhecimento desenvolvido ao longo do tempo e da necessidade do homem de viver em comunidade.
Instintivamente as outras espécies passam pelo processo natural da vida, enquanto o homem precisou adquirir diversas habilidades e comportamento, não dispensando aprendizado. Essas habilidades e comportamento se transmitiram por meio das experiências e conhecimento, passados pelas gerações anteriores às gerações mais novas. Por isso, os homens se distinguem das demais espécies porque nem todo comportamento se desenvolve e transmite automaticamente aos seus descentes. Essa condição excluiu a possiblidade da espécie humana viver isoladamente.
A única espécie que pensa é o Homo Sapiens, pois ela é capaz de imaginar ações e reações de forma simbólica, mesmo na ausência do estímulo concreto. Essa forma simbólica formou a linguagem e permitiu o surgimento da comunicação. A partir desse momento também constitui-se a base do conhecimento humano e do imaginário humano: linguagem, experiência e realidade.
Dessa habilidade do pensamento humano, houve a transmissão das experiências vividas até então. Esse pensamento