Acabamento superficial
PARTE 6 – ACABAMENTO SUPERFICIAL
Professor Heraldo Amorim Porto Alegre, maio de 2003
ENG 03343 – Processos de Fabricação por Usinagem – DEMEC – UFRGS 1. Acabamento superficial Geralmente especificado em projetos mecânicos, o acabamento superficial, representado principalmente pela rugosidade, consiste em um conjunto de irregularidades, com espaçamento regular ou irregular, que tendem a formar um padrão ou textura característicos em uma superfície. Estas irregularidades estão presentes em todas as superfícies reais, por mais perfeitas que estas sejam, e muitas vezes constituem uma herança do método empregado na obtenção da superfície (torneamento, fresamento, etc). O acabamento superficial (Figura 1) pode ser classificado em: 1) Rugosidade – irregularidades finas geralmente relacionadas ao processo de fabricação, medidas em um determinado percurso de medição (cut-off); 2) Ondulações – irregularidades superficiais cujo espaçamento é maior que o percurso de medição; 3) Marcas de avanço – na usinagem, determinam a direção predominante das irregularidades superficiais. Dependem principalmente dos parâmetros de corte; 4) Falhas – causadas por diversas causas, como imperfeições decorrentes da fundição do material, acidentes ocorridos durante a usinagem, etc.
Figura 1: Acabamento superficial. a) rugosidade; b) ondulações; c) direção das irregularidades; d) falhas (Fonte: Machado e Silva, 1999).
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ENG 03343 – Processos de Fabricação por Usinagem – DEMEC – UFRGS
A importância do acabamento superficial justifica-se pela sua relação, entre outros, com fatores como: Precisão e tolerância – muito importante, em especial em peças com acoplamentos onde furo e eixo estejam em movimento relativo. Neste caso, superfícies com rugosidades mais pronunciadas estarão expostas a desgastes mais intensos do que os que sofreriam caso tivessem um melhor acabamento. Resistência à corrosão – superfícies com