O aborto é ilegal no Brasil, mesmo assim 20 % da população feminina com até 40 anos já realizou pelo menos um aborto, de acordo com a PNA (Pesquisa Nacional de Aborto). Está na hora de abrimos os olhos para está questão de saúde pública. Será que não é a hora de legalizar? No Brasil, o aborto é legal somente em casos de estupro, anencefalia fetal, e em casos de risco de vida para a mulher, porém conseguir valer-se desses direitos é uma verdadeira epopeia. Numa sociedade ainda patriarcal, a mulher é negligenciada, pelas autoridades e por muitos médicos. Muitos se perguntam se esta mulher estaria falando a verdade, negando-lhes o direito, outros fazem “vista grossa”, ou então demoram muito tempo para tomar as medidas cabíveis nessas situações. Mesmo com tanta dificuldade, imprimida pelo governo, mais 1 milhão de abortos são realizados por ano (a população brasileira é de 200 milhões de pessoas), isso porque quem tem dinheiro o fazem em clínicas esterilizadas, a mulher pobre tentará o aborto inseguro , como por exemplo introduzir uma agulha de tricô no canal vaginal para estourar a bolsa amniótica, estando assim sujeita a doenças e infecção generalizada podendo levar a morte. O aborto inseguro é o quinto caso de morte de mulheres no Brasil , são feitas 200 mil internações nos SUS (Sistema Único de Saúde) por ano. Mesmo o aborto sendo ilegal, ele não deixa de ser realidade. Muitas mulheres recorrem a este recurso ou por serem menores de idade – 28% dos partos realizados nos SUS foram feitos com adolescentes de 12 a 18 anos, ou por estarem em acessão social e um filho não planejado impediria o sucesso profissional , ou então o contrário, a mulher não tem recursos financeiros para cuidar e educar uma criança, e por fim, por serem negados o direito de aborto legal. Esta situação se deve a negligência do governo ante a esta questão de saúde publica. Há um lobby religioso no Congresso Nacional que impede a criação de leis favoráveis as mulheres