Aborto
A cada dia surgem novas correntes de pensamento relacionadas a um assunto extremamente polêmico e discutido nos meios midiáticos: o aborto. Tema antigo em debates, e citado até em eleições, o aborto continua causando um grande choque de idéias.
Existem diversas linhas de pensamento sobre o tema, tanto para os que defendem a legalização do aborto, quanto para os que a abominam. A principal argumentação a favor do aborto é relativa aos diretos da mulher. Baseando-se na premissa de que todo ser humano tem controle total sobre seu corpo, o aborto seria apenas uma cirurgia para a retirada de algo indesejado para a mulher. No entanto, o conceito de vida entra em questão nesse caso. Assumindo que todo ser humano tem direito a vida, abre-se um paralelo para uma discussão: o zigoto ou feto é um ser humano?
Tal conceito é a chave para a resolução do aborto. Ao assumir que o zigoto (ou feto) tem direito a vida por ter potencial para se transformar em um ser humano, a questão do aborto se torna inaceitável, sendo equivalente a um assassinato. No entanto, existem linhas de pensamento que consideram que o ser humano só pode ser classificado de tal maneira a partir do momento que adquire consciência, tornando o feto (ou zigoto) apenas um amontoado de células, tornando o aborto, em conceito, tão banal como uma cirurgia plástica.
Podemos perceber, portanto, que assunto se baseia em muitos detalhes e conceitos abstratos. Dessa forma, em um nível grande de incerteza, uma decisão em que várias vidas podem ser retiradas, é muito arriscada. Logo, até que tais conceitos se tornem concretos, e haja um consenso geral, o aborto deveria continuar ilegalizado.