Aborto
Um dos assuntos mais discutidos de polêmicos da atualidade é o aborto. Há uma grande divisão de pessoas com argumentos à favor e contra o direito da mulher poder decidir se deseja abortar, ou seja, interromper a gravidez não desejada. O início dessa polêmica surgiu no século XIX, quando começaram a ser discutidos os perigos clínicos que a mulher corria, e também argumentava-se que já que o feto era um ser humano a partir da concepção, o aborto seria homicídio. Mas com o passar do tempo os avanços médicos deixaram de ser um perigo e são agora mais seguros que o parto, quando feitos corretamente. Assim o argumento clínico perdeu a força e o ponto central defendido que era antes a segurança da mulher, passou a ser agora o valor moral do feto.
A necessidade e o dever que as mulheres têm de trabalhar em casa e fora dela fazem a maioria das vezes com que não tenham controle da educação dos seus filhos e dos cuidados necessários que lhes são direitos. Outras ainda não têm a menor responsabilidade e/ou condição econômica de criar uma criança nem de lhe proporcionar um lar adequado, roupas e comida.
Os defensores do aborto, que estão na posição pró-escolha (ou “liberal”), pensam que abortar é sempre permissível, mas outros revelam-se dispostos a aceitar que, a partir de uma certa fase (bastante avançada) da gravidez, o aborto torna-se profundamente errado. Do mesmo modo, alguns defensores da posição pró-vida, ou seja, contra o aborto, declaram que abortar é sempre errado, mas outros admitem que em alguns casos o aborto é aceitável. As exceções mais salientes dizem respeito aos casos em que (a) a continuação da gravidez põe em risco a vida da mulher; (b) a gravidez resultou de um ato de violação; ou (c) o feto sofre de deficiências ou doenças que afetam muito negativamente a sua qualidade de vida.
Pedro Galvão argumenta que apesar da sua proibição, as mulheres continuam a abortar, sujeitando-se aos riscos inerentes à falta de condições médicas adequadas. A