Aborto - Uruguai
O Uruguai foi o segundo país da América Latina ao legalizar o aborto, sendo o primeiro Cuba. Em 2012 a prática da interrupção da gravidez foi liberada e contou com o apoio do presidente José Mujica. A prática do aborto é permitida em todos os casos até a 12ª semana de gestação, até a 14ª semana em caso de estupro, e em casos de má-formação fetal ou em que a gravidez cause riscos à vida da gestante, o aborto é liberado em qualquer momento.
Desde a despenalização do aborto no Uruguai até novembro de 2013, não foi registrado nenhum óbito em virtude do procedimento, como pontua Rafael Reis (2013). Ocorreu apenas um caso de morte, no qual a mulher que realizou o aborto o fez de forma clandestina. Ainda de acordo com o autor supracitado, “até novembro de 2013, a média foi de 556 abortos por mês, um número próximo a 18 abortos por dia. Do total de abortos realizados no marco da nova lei, em apenas 50 casos (0,007%) houve complicações leves.”
Antes da realização da prática, a gestante passa por uma equipe de um psicólogo, assistente social e ginecologista, que conversam com a mulher sobre a alternativa de a gestação ser continuada e a criança ser posta para doação.
A situação do Uruguai é exceção na América Latina, onde 95% dos abortos são realizados de forma insegura, enquanto na Europa 90% dos abortos realizados são considerados seguros, segundo dados do estudo Aborto Induzido: Incidências e Tendências pelo Mundo de 1995 a 2008, feito pela OMS em conjunto do Instituto Guttmacher.
Uruguai: quase 7 mil abortos seguros e nenhuma morte registrada Pragmatismo Político (26 de fevereiro de 2014). Página visitada em 09 de setembro de 2014.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/reducao-do-numero-total-de-abortos-no-mundo-esta-estagnada