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A essa hora, qualquer pessoa, ainda que isolada em uma ilha deserta, já deve saber que a venda e produção da Cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, foi legalizada no Uruguai – fato que causou grande burburinho geral.
Ora, para que tanto alarde? Se você acha que não é algo inédito e tem Holanda e EUA como exemplos, engana-se: a lei no Uruguai é, de longe, mais ampla. Trata-se da plena legalização da venda, produção e consumo da erva mais perseguida do mundo.
O mundo observou e a ONU se pronunciou: contra, claro. Segundo a organização, a legalização “viola convenções internacionais”, ainda mais se tratando de um país que havia assinado as convenções internacionais sobre drogas.
Muitos dos que criticam a legalização da droga têm como base a moralidade: maconha é droga. Por fazer mal à saúde ser considerada a “porta de entrada” para outras drogas mais pesadas, deve ser proibida. Entretanto, apesar de todos os supostos malefícios, a Cannabis trata-se de uma erva que possui propriedades aplicáveis na medicina (basta observar os diversos estudos feitos e, é claro, os bons resultados), além de seus efeitos serem menos danosos à saúde do que o dos cigarros vendidos em todo o país. Bebidas e cigarros, que também viciam, são comercializados como quaisquer outros (destinados à maiores de 18 anos).
O cantor Gabriel, O Pensador retrata essa questão na letra de uma de suas músicas mais famosas, Maresia: Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom, dizem que não presta
Querem proibir, querem liberar
E a polêmica chegou até o Congresso
Tudo isso deve ser pra evitar a