Abordagem histórica
Uma abordagem histórica
* A partir do final da década de 1970, começou a luta pela implantação de creches e pré-escolas respeitando os direitos das crianças e das famílias. * As creches apareciam como um resultado, como símbolo concreto dessas lutas; nessa perspectiva, pretendia-se denunciar as precárias condições do atendimento educacional das crianças, e não apenas na creche, mas também na pré-escola. * A educação passou a ser vista como o oposto de assistência; acreditavam e ainda hoje acreditam que as creches funcionavam como um “depósito de crianças”. * Segundo a história, as creches constituíam-se como local de guarda, de cuidados médico-higienistas, de assistência. * Sabe-se que foi apenas com expansão da força de trabalho feminina aos setores médios da sociedade, a partir da década de 1960 que se ampliou o reconhecimento das instituições de educação infantil como passíveis de fornecer uma boa educação para as crianças que as frequentassem. * Desde 1990 o autor vem aprofundando estudos e defendendo a interpretação histórica de que as creches e pré-escolas assistencialistas foram concebidas e difundidas como instituições educacionais. * Essa interpretação invalida a ideia de que aquelas instituições precisariam deixar de se tornar assistenciais para se transformarem em educacionais, ideia que ainda permanece generalizada em nosso pensamento educacional, fragilizando as propostas e as ações. * Em recente publicação da Coordenadoria de Educação Infantil do MEC, identifica-se que as propostas de programação para a educação infantil, nos diversos estados e capitais de nosso país estariam deixando de considerar o universo cultural da criança; privilegiando o desenvolvimento cognitivo, organizado em áreas compartimentadas e com ênfase na alfabetização; dicotomizando conhecimento e desenvolvimento; desvalorizando o jogo e o brinquedo como atividades fundamentais para as crianças; antecipando a