Abordagem histórica
Até a metade do século XIX, as idéias baseavam-se na abiogênese ou Teoria da Geração Espontânea, que afirmava que os seres vivos surgiam da matéria bruta, espontaneamente. Para que isso ocorresse, haveria a intervenção do princípio ativo (o sopro de animação), para transformar a matéria bruta em matéria viva.
Aristóteles chegou a afirmar que os crocodilos do Rio Nilo surgiam da lama. Paracelso, médico suíço do século XVI, descreveu o processo de geração espontânea de sapos, tartarugas e ratos a partir do ar, da água, da palha, da madeira em decomposição, entre outros materiais. Van Helmont, cientista belga do século XVII, inventou a “receita” para criar camundongos: uma camisa suada em contato com gérmen de trigo, deixada em lugar escuro, após 21 dias, produziria uma ninhada de camundongos. Nesse caso, o suor humano seria o princípio ativo.
No século XVII, o naturalista italiano Francisco Redi realizou “experiências controladas” para provar que os “vermes” encontrados nos cadáveres em decomposição surgiam de ovos postos anteriormente por moscas.
Primeira Experiência
Colocou três enguias mortas em um recipiente aberto para apodrecerem. Depois de alguns dias, apareceram “vermes” esbranquiçados que devoravam as enguias e, a seguir, abandonavam o recipiente sem que Redi descobrisse o destino deles.
Segunda Experiência
Para descobrir o destino dos “vermes”, Redi repetiu a experiência, porém, antes que toda a carne fosse consumida, o recipiente foi tampado. Alguns dias depois, os animais ficaram imóveis, ovais e se transformaram em crisálidas semelhantes às das mariposas e borboletas. Redi colocou as crisálidas em vidros e delas nasceram moscas iguais às encontradas em açougues e peixarias.
Terceira Experiência
Redi