Psicose e autismo infantil

1763 palavras 8 páginas
O AUTISMO E A PSICOSE INFANTIL
IARA MENDES FONSECA

Um dos principais obstáculos ao avanço dos estudos sobre a psicose infantil e o autismo está na disputa diagnóstica.
Entre os psicanalistas não há um consenso. Sob a marca "psicose e autismo infantil," que designa o diagnóstico dos transtornos graves dentro do referencial psicanalítico, encontram-se estudos de autores como Klein e Tustin. Na esteira do pensamento de Jacques Lacan, situam-se Mannoni, Dolto, Rosine e Robert Lefort. No entanto, tal profusão ainda não é suficiente para que se tenha uma definição precisa das diferentes manifestações dessas patologias. Mais do que isso, não há um consenso sobre o que sejam verdadeiramente uma psicose infantil ou um autismo infantil, e tampouco sobre a sua etiologia.
Os diagnósticos de psicose infantil e autismo têm uma história recente. Até o início deste século, o olhar médico ainda não havia subtraído, do grupo das crianças deficientes mentais, aquelas que apresentavam bizarrices, alheamentos, auto-agressões ou desconexões significativas ao lado do rebaixamento intelectual. Para a sociedade, todas eram deficientes, e todas votadas ao cruel destino dos adultos doentes mentais: o recolhimento em asilo e a alienação, mas essas crianças, porém, sempre existiram.
Dentre os inúmeros problemas a serem enfrentados, há a discordância sobre as diferenças entre a psicose infantil e o autismo, que ocorre mesmo entre psicanalistas de diferentes filiações teóricas.
Atualmente, os esforços de alguns dos psicanalistas vêm se concentrando na direção de definir dois quadros distintos para o autismo e a psicose.
De acordo com Jerusalinsky citado por KUPFER (2000), marca radicalmente a diferença, e propõe que se entenda o autismo como uma quarta estrutura clínica, ao lado das três outras – psicoses, neurose e perversão – propostas por Lacan.
Jerusalinsky ainda diz que, no que se refere à lógica que articula a posição do sujeito a respeito do significante, eu diria que entre

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