Abate
O processo produtivo de peixe requer grande atenção dos piscicultores, já que qualquer estresse causado ao peixe, pode influenciar na qualidade da carne. Por isso, são realizadas diversas operações que diminuam esse estresse e garanta maior qualidade ao produto que será destinado à mesa do consumidor. Dentre essas operações, devem ser destacadas o processo de pré-abate e o abate. Já que nessas etapas inclui a despesca, classificação, seleção e transporte para o abate utilizando técnicas para não estressar o peixe e garantir a qualidade da carne do pescado.
3.1 Pré-abate dos peixes
A primeira etapa a ser realizada é o pré-abate que envolve os procedimentos que vão desde o momento do jejum até o descarregamento ou espera dos animais para o abate.
De acordo com Filho, operações pré-abate são práticas de rotina numa fazenda de aquicultura e o sucesso dessas etapas vai depender da habilidade dos funcionários e do tempo com que estas operações serão realizadas.
De acordo com Maruyama, o jejum, que se caracteriza como a primeira etapa desse processo, consiste na suspensão alimentar dos animais. A finalidade do jejum está em fazer com que os organismos consumam menos oxigênio, excretando menos amônia e gás carbônico. Isso porque, ao serem capturados, os peixes sofrem um estresse e, por isso, acabam defecando e urinando diversas vezes, poluindo a água do transporte. Como a densidade é grande nos tanques de transporte, a água envenenada por fezes e urina, pode causar a morte dos peixes dentro ou, caso estiver sendo transportado para pesqueiros, podem morrer ao serem soltos nos tanques de pesqueiros, causando percas.
O processo de jejum, depende da idade e do habito alimentar de cada espécie. Peixes adultos devem ser mantidos em jejum por um período de 24 a 48 horas, enquanto para pós-larvas e alevinos (peixes recém nascidos) esse período deverá ser mais curto, recomendando-se de 12 a 24 horas. (FILHO J. D. B.)
Após a etapa de jejum se