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Gestão de Ambientes Multiculturais em Alianças Estratégicas: o Caso Renault-Nissan
As alianças estratégicas são cada vez mais adotadas pelas organizações como resposta a um ambiente global marcado pela alta competitividade. Tais alianças pressupõem o encontro de culturas diferenciadas e impõem às organizações o desafio de gerir de forma eficaz os ambientes multiculturais estabelecidos a partir da união. O propósito do artigo é o de analisar as práticas e instrumentos que devem, preferivelmente, ser adotados nas alianças estratégicas para que a gestão do ambiente multicultural formado resulte em resultados sólidos e duradouros. Fez-se uma revisão de literatura sobre o assunto e um estudo de caso da Aliança
Renault-Nissan, que consistiu em entrevistas com os principais dirigentes de uma das empresas participantes da parceria: a Nissan do Brasil. Como resultado da pesquisa, identificou-se a complexidade do processo de integração cultural em alianças estratégicas e o fato de que, tão importante quanto um processo eficaz de integração cultural no período inicial da formação da aliança, é a gestão contínua do ambiente multicultural estabelecido. Como principais instrumentos e práticas estão: a necessidade de se conciliar projetos formais como workshops e seminários com a criação de uma dinâmica interna que motive as pessoas a aprenderem com a organização parceira; e a importância do envolvimento do top management no processo.

1 Introdução
A crescente integração da economia internacional, o desenvolvimento tecnológico e o aumento da concorrência são alguns dos motivos que intensificaram o movimento de formação de alianças estratégicas, fusões e aquisições de empresas. Tais parcerias pressupõem o encontro de culturas diferenciadas, submetendo as empresas envolvidas a um novo desafio: a gestão da multiculturalidade organizacional.
A complexidade deste desafio se confirma através da quantidade de parcerias que fracassam devido a falhas na integração