8 Conferencia nacional de saude
Esse trabalho foi realizado com objetivo de compreender as origens e razões da Reforma Sanitária Brasileira, além da VIII Conferência Nacional de Saúde. É necessário também analisar a conexão entre elas para que assim, entenda-se sua relação e as consequências de uma sobre a outra. Não só a relação entre A Reforma Sanitária e a VIII Conferência Nacional de Saúde, mas a relação entre elas e a sociedade e a saúde em geral que é importante. A apresentação de alguns tópicos e ideias centrais da Reforma e da Conferência precisam ser apresentadas não só aos profissionais de saúde, mas à população em geral.
A Reforma Sanitária e a VIII Conferência Nacional de Saúde
A Reforma Sanitária
No Brasil, no período militar o direito à Saúde não era igualitário. Apenas aqueles que contribuíssem ao Instituto Nacional de Previdência Social, ou seja, aqueles que tinham registro trabalhista em carteira tinham direito aos serviços públicos de saúde (COHN, 1989).
A partir dos anos 70 passou-se a propor modelos de reformas no campo da saúde pública, baseados na Reforma Sanitária Italiana (SILVA, 2011). Enquanto antes do Movimento Sanitário, o setor privado de saúde era financiado pelo público, este estava em total degradação (TEIXEIRA, 1989 apud SILVA, 2011).
Foram nos espaços acadêmicos e nas diocèses que surgiram modelos alternativos e comunitários do cuidado médico. Os atores do Movimento sanitário foram estudantes, profissionais da saúde, sindicatos, além dos excluídos dos serviços se saúde. Médicos militantes viram a necessidade de aumentar a abrangência da medicina, não só para a doença e o doente, mas para a sociedade (COSTA, 2007).
Apesar da repressão propiciada pela ditadura, aos poucos grupos questionadores do modo como a saúde era “distribuída” passaram a se consolidar. Um dos grandes atores da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) foi Movimento Popular de Saúde (Mops) (COSTA, 2007). Embora o objetivo prioritário do Mops