Entrevista – O diálogo possível: Cremilda Medina
INTRODUÇÃO
O livro escrito por Cremilda Medina tem como tema a entrevista jornalística. A autora defende que essa técnica deve se aproximar do diálogo, para a comunicação humana seja efetivamente trabalhada.
Cremilda acredita que o chamado “fenômeno de identificação” entre a fonte de informação, o entrevistador e o receptor, aproxima a entrevista do diálogo interativo. O receptor é capaz de sentir a autenticidade e emoção da entrevista – ou a falta delas. Por isso, defende a autora, que um roteiro fixo frustra o receptor, pois não se concretiza o diálogo.
DESENVOLVIMENTO
A humanização e a busca pela interação social são pontos insistentemente abordados pela autora. “A entrevista pode ser apenas uma eficaz técnica para obter respostas pré-pautadas por um questionário. Mas certamente não será um braço da comunicação humana, se encarada como uma simples técnica” (MEDINA, 1986. p.5)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em seu artigo, Flávio Porcello crava que “concessão pública no Brasil é moeda política: o governo dá, as emissoras recebem e a compensação se dá na troca de apoio e retribuição de interesses” (PORCELLO, 2007. p. 343). O autor lembra que jornalistas não são “donos da verdade” e sempre apresentam um ponto de vista sobre determinado assunto.
Portanto, encerra Porcello, cabe a cada telespectador o dever de ser crítico e questionar e contextualizar as informações transmitidas pela TV. Para o autor, o imediatismo e consequente falta de tempo da televisão não é desculpa para o tratamento raso de determinados assuntos.
CRÍTICA
Flávio Porcello é extremamente feliz nas críticas que faz, principalmente a forma como a concessão pública à emissoras de TV é tratada no Brasil. Um problema que perdura por anos e não encontrou um governo capaz de enfrentá-lo. Graças a um jogo de interesses, as emissoras de TV tornam-se instituições praticamente “intocáveis”.
A discussão pode