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Quando falamos em Psicanálise, nos referimos a uma teoria sobre o aparelho psíquico elaborada por Sigmund Freud (1856-1939), "um médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. Sua contribuição é comparável à de Kar/ Marx na compreensão dos processos históricos e sociais. Freud ousou colocar os 'processos misteriosos' do psiquismo, suas 'regiões obscuras', isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise" (Bock, 1999, p.70).
O grande mérito de Freud está na descoberta do inconsciente. Nossos comportamentos considerados "inexplicáveis" ou atos aparentemente praticados por acaso estão relacionados a uma série de fatos ocorridos no nosso passado, a maioria deles na infância, que não temos consciência, mas que se manifestam no comportamento presente. Estes fatos encontram-se trancados nas profundezas do inconsciente. Freud constrói uma teoria do aparelho psíquico que envolve três níveis de vida mental – consciente, pré-consciente e inconsciente e os três elementos (ou instâncias psíquicas) que compõem a personalidade: Id, superego e ego.
Níveis de vida mental
a) Nível Consciente
Refere-se aos acontecimentos que estão se processando neste momento e deles estamos tomando conhecimento imediato. São do nosso domínio. Como estão acontecendo agora, podemos interferir neles ou mudá-los. Por exemplo: Eu estou tomando conhecimento dos pensamentos, percepções e emoções que estão se processando agora em minha mente enquanto estou escrevendo este capítulo. b) Nível Pré-consciente
Existem fatos que já aconteceram no decorrer de nossas vidas e que não estão acontecendo neste momento, não podemos mudá-los porque já aconteceram, mas, são do nosso conhecimento. Sabemos da existência dos mesmos, podemos chamá-los à nossa mente quando quisermos ou