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Pierre Félix Bourdieu foi um sociólogo francês, referência no campo da Antropologia e Sociologia. Desenvolveu diversos trabalhos abordando a questão da dominação. Sua obra também discute temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, linguística e política. Na obra em análise, Bourdieu responde às perguntas: O que é o poder simbólico? Como se configura esse poder? Como o poder simbólico é mobilizado nas relações estabelecidas por e com entes singulares e coletivos, grupos sociais e classes sociais, na sociedade humana? A abordagem do autor é trazida em uma concepção relacional e sistêmica do mundo social, em que a genealogia dos conceitos habitus, campo e capital cultural possuem um lugar central. Pela análise da obra é possível verificar o direito como uma forma de manifestação do poder simbólico, ao se constatar que as limitações às diversas formas de interpretação jurídica, representam, por si só, forma de controle social (dominação).
O primeiro capítulo descreve o poder simbólico, caracterizado como um poder invisível que só pode ser exercido com a cumplicidade “daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo o exercem” (pg. 8).
Os universos simbólicos, tais como mito, língua, arte, ciência são instrumentos do conhecimento e de construção do mundo dos objetos.
A forma simbólica, tratada como equivalente a forma de classificação, deixam de ser formas universais para se tornarem formas sociais, que são arbitrárias e socialmente determinadas. Neste sentido, a análise estrutural é instrumento que permite apreender a lógica específica de cada lógica.
Assim, a objetividade do sentido do mundo é definida pela concordância das subjetividades estruturantes (senso=consenso). Dessa forma, os sistemas simbólicos possuem a função de integração social para um determinado consenso.
Segundo o autor, os sistemas simbólicos exercem um poder