2435
50% do custeio de inovação. O programa
CAC-Cepid do Butantan, com um grupo de empresas farmacêuticas de capital nacional, é um importante esforço, que só poderá ser avaliado decorridos dez anos. Mesmo no
Primeiro Mundo, as empresas têm evitado o risco, reinventando drogas com substituição de alguns átomos, que apregoam ser melhores apesar de jamais terem sido comparadas com as drogas anteriores que têm a patente expirando.
Uma parceria público-privada importante é com a indústria veterinária, totalmente privada e parcialmente de capital nacional.
A demanda de vacinas e medicamentos veterinários atinge um mercado quase uma dezena de vezes maior do que a humana.
Para manter-se no mercado, exige apoio técnico científico, que começa a despontar.
O Butantan, com apoio da Finep, criou, com a empresa Ouro Fino, um laboratório-piloto para desenvolver e repassar tecnologia.
Estão fora desse repasse vacinas veterinárias usadas pelo Ministério da Saúde para bloquear a infecção humana. É o caso da vacina contra a raiva produzida em células animais, que deve substituir, já em 2008, as vacinas contra raiva que são oferecidas gratuitamente para cães domésticos. A nova vacina é mais eficaz, mais segura para o cão e mais barata para o ministério. Recentemente nos associamos ao Idri (Universidade de Washington em Seatle) para produzir a vacina combinada raiva-leishmania, que evitaria a transmissão desse protozoário para o homem.
Essas são iniciativas que, pela existência de apenas um grande consumidor, a sociedade brasileira, atendida pelo Ministério da
Saúde, tornam-se viáveis com investimentos pequenos comparados com a aquisição dos produtos. Grandes desenvolvimentos, construção de plantas de produção, novos empregos que treinam em serviço técnicos de que não dispomos prenunciam um futuro