A história da abordagem dos traços parte de algumas concepções antigas. A ideia de caracterizar as pessoas usando traços está presente até mesmo em livros bíblicos do Gênesis, caracterizando Noé como um homem bom e justo. Mas, a primeira abordagem sistemática para analizar os traços surgiu com Hipócrates na Grécia antiga, onde ele buscou definir o temperamento humano em uma termologia que Hipócrates denominou humores corporais. Os quatro temperamentos eram: otimista (sanguíneo), era esperançoso e animado; melancólico (bílis negra), triste e depressivo; colérico (bílis amarela), irritado e irracível e por último o fleumático (fleuma), vagaroso e impassível. Embora essa ideia se apresente como biologicamente infundada, apenas no século XVII, os humores foram descartados. No século XIX, Charles Darwin surge com a teoria evolucionista, substituindo os demônios e mitos por seleção natural e mutação; dando ênfase as diferenças individuais, principalmente as características psicobiológicas das pessoas. As investigações de Freud sobre o inconsciente e as motivações humanas ocuparam lugar de destaque na busca das características do desenvolvimento individual. Francis Galton realizou amplas tentativas de medir as capacidades humanas com testes de inteligência e outras avaliações. Para que a teoria dos traços tivesse uma melhor asseitação, surge as medidas estatísticas para o fornecimento de fundamentação quantitativa. Também nessa síntese Carl Jung, pôs em movimento uma influente linha de trabalho sobre traços quando começou a empregar os termos extroversão e introversão em sua teoria da personalidade. Ele usava destes termos de uma maneira diferente da usada atualmente, Jung definia a extroversão referente a inclinação do individuo para as coisas externas a ele, e a introversão era á inclinação do individuo de voltar-se para o interior e explorar sentimentos e experiências. Para Jung uma pessoa podia tender tanto para a introversão quanto para extroversão. Dentre esses