1968: o diálogo é a violência
O diálogo é a violência
Movimento estudantil e ditadura militar no Brasil
Maria Ribeiro do Valle
Rio de Janeiro
2013
O livro 1968, o diálogo é a violência, trata dos principais acontecimentos que envolvem o Movimento estudantil durante o ano de 1968, criando uma rede de reúne seus interlocutores , a imprensa, o governo e a população.
O ano de 1968, não significou apenas um ano repleto de manifestações estudantis, greves de trabalhadores e descontentamentos manifestos da população de vários países, foi um ano ímpar para a crítica da ordem social, entretanto ocorreu um avanço do imperialismo, de ganhos das ditaduras militares e da própria direita política.
O livro se divide em cinco momentos, No primeiro semestre de 68: A morte de Edson Luís - como marco para a passagem do movimento estudantil ao enfrentamento – A Sexta-feira sangrenta, A passeata do cem mil e dos cinqüenta mil. Segundo semestre: A guerra da Maria Antônia e o 30º Congresso da UNE.
O golpe de 64 conta com apoio unânime das classes dominantes e setores da classe média que visam a contensão das pressões exercidas pelos trabalhadores. Ocorre uma chamada “Operação Limpeza” com intervenção policial em sindicatos, partidos políticos de esquerda, ocasionando a perda de autonomia e a “estatização” dessas entidades. Em 1967, o general Costa e Silva assume a presidência e faz promessas de “redemocratização” e de um diálogo com essas entidades, trabalhadores e estudantes.
Nessa época assim como hoje a universidade estava em crise, ocorriam diversos protestos de excedentes que embora aprovados no vestibular, não conseguem vagas no ensino superior. Tal situação decorre da política educacional adotada pós-64, pautada na redução de verbas e no abandono de investimentos públicos nas universidades. Os estudantes em solidariedade com esses “excedentes” promovem greves, exigindo mais vagas e em oposição a política educacional adotada pelo governo, que queria implementar o acordo MEC