Cinema
O cinema não apenas interroga a realidade, mas também possui a capacidade de subvertê-la, e portanto, o cinema pode criar essa realidade e também pode criar história.
O desejo por um novo cinema não acontece exclusivamente no Brasil.
A estética da fome/violência não abaixa a cabeça ao cinema hollywoodiano e ao colonizador.
Época em que havia cinema de cunho sócio-político (temas da desigualdade brasileira e a questão do nacionalismo).
Questões vinculadas aos bolsões de pobreza no país.
Buscava uma luz mais natural (paisagem física) ao sair do estúdio, para "sair"do artificialismo marcado pelo cinema de estúdio.
BARRAVENTO: Não é um filme preocupado em criar uma imagem realista.
D'US E O DIABO NA TERRA DO SOL: alegoria da esperança/possibilidade da revolução.
Influência de Bertolt Brecht na teatralidade das cenas.
ESTÉTICA DA FOME: luta contra o colonialismo na América Latina.
"Não podemos simplesmente contemplar a miséria" - Walter Benjamin.
"A fome não será curada por planejamento de gabinete".
"É necessário um Estado de excessão para romper com outro Estado de excessão" - Walter Benjamin.
TERRA EM TRANSE: o povo sucumbe aos líderes populistas (não está pronto para fazer a revolução).
O povo como massa de manobra.
Naquela época, o cinema acabava fazendo o papel das Ciências Sociais.
"Terra em Transe" é uma resposta ao Golpe, como também foi outros filmes do Cinema Novo.
"O 'Terra em Transe' não é um filme político, é um filme sobre política".
Nenhum filme pode ser uma tese sociológica!
Para pensar política é necessário também pensar no campo simbólico.
"Cinema moderno brasileiro" - Ismail Xavier
Dez anos separam o texto de Glauber Rocha do de Paulo Emílio; entre um e outro, tivemos o apogeu do Cinema Novo e suas correções de rumo em resposta ao golpe militar de 1964, a produção dos filmes que pensaram a crise dos projetos políticos de esquerda, o desdobramento do debate cultural com a