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Lenina Pomeranz
Junho de 2014 A crise na Ucrânia, como são conhecidos os recentes acontecimentos nesse país, desenrolou-‐ se, até o presente, em várias etapas: uma primeira, que consistiu nas manifestações ocorridas na Praça Maidan, em Kiev e que culminaram com o golpe que derrubou o presidente eleito Victor Yanukovitch; uma segunda, que envolveu o referendo realizado na Crimeia e sua posterior incorporação ao território da Federação da Rússia; uma terceira, que envolveu as tentativas de diálogo entre as forças em conflito, realizada em meados de abril sem sucesso; nesta etapa, o conflito aprofundou-‐se com a utilização de grupos fascistas, nacionalistas radicais violentos, nas atividades repressivas da parte do governo provisório em Kiev – que não tem o comando necessário sobre as forças policiais e militares de segurança -‐, em relação aos insurgentes das regiões leste e sudoeste do país, defensoras de uma federalização e/ou de sua eventual integração à Rússia. O acontecimento mais grave desta fase foi o massacre, no dia 2 de maio, em Odessa,