1231
Na alfabetização, alguns alunos são exímios repetidores de lições que dominam sem saber o que significam. Conseqüentemente, quando precisam aplicar o conhecimento de maneira criativa e individual, acabam revelando sua ignorância, produzindo escritas absurdas. Por exemplo, alguns alunos copiam corretamente o que lhes é solicitado, fazem sem erros os ditados das palavras já dominadas, escrevem pequenas frases em que só aparecem palavras “já dominadas”, mas, quando se vêem diante de palavras cuja escrita lhes é desconhecida, ou não fazem nada, ou escrevem simplesmente amontoados de letras ou de sílabas geradoras. Esses alunos foram ensinados pelo método 1.
Alunos que fazem isso raramente chegam a descobrir como o sistema de escrita funciona, como se decifra algo escrito para ler e, conseqüentemente, não chegam a se alfabetizar. Como a escola não pode viver só do que é considerado dominado, logo chega o dia em que o professor se esquece disso e leva os alunos a aplicarem o que ele achava que tinha ensinado e que o aluno tinha aprendido (fazia tudo tão direitinho), e o resultado é uma enorme decepção para ele e, principalmente, para o aluno.
O uso da memória
O uso da memória, nas atividades escolares, é muito importante e não deve ser confundido com a prática de promover o ensino baseando-se no já dominado. A memorização é fundamental no processo de aprendizagem, mas não pode ser um truque, como acontece no método 1. Neste, o já dominado apenas revela um modelo repetido. No processo de aprendizagem, a memorização faz parte do processo de reflexão, trazendo para a prática do aprendiz todos aqueles conhecimentos necessários para que ele tome as decisões corretas.
Às vezes, alguns professores, querendo fugir desse