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Men, masculinity and violence: a study in primary health care services
Lilia Blima Schraiber
Claudia Renata dos Santos Barros
Márcia Thereza Couto
Wagner Santos Figueiredo
Fernando Pessoa de Albuquerque
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo – FMUSP.
Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP (Processo n.02/00413-9). Aprovada por Comitê de Ética da Pesquisa em 11/12/2002 protocolo n. 965/02
Correspondência: Lilia Blima Schraiber. Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina da USP. Av. Dr. Arnaldo, 455, 2o andar, sala 2170, Cerqueira César, São Paulo, SP, Brasil CEP
01246-903. E-mail: liliabli@usp.br ou vawbr@usp.br
Rev Bras Epidemiol
2012; 15(4): 790-803
790
Resumo
Há poucos estudos sobre homens abordando violência como evento não fatal.
Contribuindo nessa direção, descrevem-se as prevalências da violência psicológica, física e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria íntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária na cidade de São Paulo. Foram investigadas as características sociodemográficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposições e à percepção de havê-las sofrido ou perpetrado. As prevalências de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, física e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, física e sexual.
Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica é a de maior taxa exclusiva, seguida da física. Quanto aos agressores, conhecidos é o principal