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Líquido peritonial é um ultrafiltrado do plasma que ocupa a cavidade peritoneal, e sua produção depende da permeabilidade vascular e da pressão oncótica, sendo portanto um transudato. Nesse espaço revestido por mesotélio, normalmente existem cerca de 50 mL de líquido presente. Aumentos acima desse nível já são considerados alterações e podem ocorrer em patologias peritoneais, primárias ou não. Pacientes com volumes aumentados são considerados portadores de ascite, e o líquido é chamado de líquido ascítico. A análise laboratorial fornece dados essenciais que auxiliam o clínico no diagnóstico e conduta terapêutica eficaz. É constituída da avaliação das características físicas (volume, coloração e aspecto), testes bioquímicos, contagem celular e análise diferencial das células nucleadas. A metodologia adotada, assim como as características do fluido ascítico devem ser muito bem dominadas pelos profissionais envolvidos, o que garante uma melhor qualidade dos resultados. Proceder a anti-sepsia no sítio da punção com álcool 70% e com solução de iodo (tintura de iodo 1% a 2 % ou PVPI 10%), que deverá ser removida após o procedimento, com álcool de 70% para evitar queimadura ou reação alérgica. Obter a amostra através de punção percutânea ou cirúrgica. Quanto maior o volume da amostra, maior a probabilidade de isolamento do agente etiológico. Coleta por procedimento médico. Encaminhar o líquido coletado em tubo seco e estéril ou inoculado diretamente nos frascos do equipamento de automação de hemoculturas. Transportar imediatamente ao laboratório, com a orientação do tipo de cultura (aeróbia, anaeróbia, fungos, micobactérias) necessariamente especificada no pedido médico. Portanto a análise clínica do LCR já é iniciada com a coleta, sendo que neste ponto do processo verifica-se se o fluído corre sob pressão (o que indica hipertensão intracraniana) ou simplesmente em gotejamento vagaroso (considerado normal). Outro ponto que deve ser analisado é