Análise: Manifesto Republicano de 1870

Em 1870, no primeiro número do jornal “A República”, é publicado o Manifesto Republicano, documento que, embora moderado, criticava a organização sociopolítica brasileira e defendia o estabelecimento de uma república federativa no país. Fez um pequeno histórico das ideias republicanas ao longo da história do Brasil, atacava os mecanismos institucionais do Império e assinalava a singularidade da monarquia brasileira no contexto da realidade internacional. Sua formulação coincide com um momento em que o Brasil passava por diversas novidades no panorama econômico, social, político e ideológico, o que se pode incluir a formação ou a renovação intelectual de diversos grupos políticos e setores sociais pela assimilação de variantes do liberalismo e do cientificismo. Diversos pontos importantes do manifesto serão analisados com base nos textos “Apropriação de ideias no Segundo Reinado”, de Ângela Alonso, e “A alternativa republicana e o fim da monarquia”, de Renato Lemos. Ângela Alonso afirma que diversos grupos debatiam sobre questões relacionadas à ordem sociopolítica no movimento da década de 1870, sendo que seus membros possuíam opiniões diversas acerca do poder da sociedade de corte, do poder político e do controle de instituições de comando que estavam sob preponderância do Partido Conservador. Cada grupo tinha suas características próprias e prioridades, mas muitas de suas ideias e propostas se convergiam. Primeiramente a autora cita os novos liberais, os quais estavam mais

UNIVESIDADE DE SÃO PAULO FFLCH – FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS História Do Brasil Independente I Profª. Dra. Karen Macknow Lisboa O MANIFESTO REPUBLICANO DE 1870 E A CRISE IMPERIAL Introdução O texto aborda, em linhas gerais e com amplo enfoque, o Manifesto Republicano de 1870, articulando as ideias políticas reformadoras contidas no documento, contrárias ao regime imperial vigente, conforme consta no início do discurso: “Em um regime de…

política: – Progressistas ⇒ “Partido” Liberal (camadas médias, proprietários de SP, MG e RS); – Regressistas ⇒ “Partido” Conservador (grandes proprietários, comerciantes, burocratas). Economia e Sociedade: Contexto Político: Pacificação dos dois últimos movimentos liberais (descentralizadores): – as revoltas de MG e SP em 1842 (mov. de elite); – a Praieira de 1848 em PE (movimento que envolve as camadas populares). Parlamentarismo no Brasil (a partir de 1848): –…

Os partidos e grupos agrários revezavam-se no poder numa gangorra viciada e alheia aos reclamos da sociedade em mutação. O trabalho assalariado imigrante e a semi-servidão sufocavam a escravidão. E Pedro II observava estrelas. Em 1870, através do jornal A República, o Manifesto Republicano de Quintino Bocaiúva lançou a proposta do Partido Republicano à sociedade. Mas só três anos depois, com a fundação do Partido Republicano Paulista na Convenção de Itu, surgiu o grupo dos “Republicanos…

Resumo do tema: o 15 de novembro de 1889 e os projetos Republicanos. O Rio de Janeiro do século XIX As últimas décadas do século XIX no Brasil, foram marcadas por duas crises: a crise do escravismo e a crise monárquica, que estão interligadas, e ao mesmo tempo, possuem suas particularidades. Antes de analisar os projetos Republicanos e a Proclamação da República, vamos ver como estava a cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, neste final de século, desdobrando, então, nas duas…

as questões do regime republicano e da luta contra a escravidão. Em dezembro de 1870, políticos, intelectuais, jornalistas, advogados e profissionais liberais lançam no Rio o Manifesto Republicano. Defendem um regime presidencialista, representativo e descentralizado. No ano seguinte, o governo sanciona a primeira lei contra a escravatura. Daí por diante, as campanhas republicana e abolicionista caminham paralelas. Partido Republicano – No mesmo ano em que é lançado o Manifesto…

In: GRINBERG, Keila e SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. v. III – 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 401-444. A alternativa republicana e o fim da monarquia1 Renato Luís do Couto Neto e Lemos Universidade Federal do Rio de Janeiro Considerações iniciais É, já, truísmo afirmar que a perspectiva republicana esteve presente em praticamente todos os movimentos políticos brasileiros anteriores a 1889.2 Sua transformação em movimento organizado, entretanto,…

Ato Adicional (reforma da Constituição) 1834 (set.) Morte de Dom Pedro I 1835-1837 Regência Una do Padre Antônio Diogo Feijó, que vence Holanda Cavalcanti por estreita margem de votos. 1836 Forma-se o Partido Conservador (Caramurus + alguns ex-Chimangos) 1837 Feijó renuncia sob pressão do Congresso, que o acusava de não empregar suficiente energia na repressão aos farrapos 1837 Forma-se o Partido Liberal (Exaltados + alguns ex-Chimangos) 1837-1840 Regência Una de Pedro de Araújo Lima…

transformaram-se nos republicanos de última hora. Republicanos de 14 de maio; Assim, o Império perde o apoio dos senhores do café escravistas, ou seja, perde o apoio dos barões escravagistas cariocas, perde o alicerce social que o apoiava, isto é, perde o último sustentáculo de apoio da Monarquia e conseqüentemente a Monarquia cai. III- As Intervenções brasileiras nos países platinos: Guerra contra Oribe e Rosas- 1851; Guerra contra Aguirre- 1864; Guerra do Paraguai- 1864-1870.…

transformaram-se nos republicanos de última hora. Republicanos de 14 de maio; - Assim, o Império perde o apoio dos senhores do café escravistas, ou seja, perde o apoio dos barões escravagistas cariocas, perde o alicerce social que o apoiava, isto é, perde o último sustentáculo de apoio da Monarquia e conseqüentemente a Monarquia cai. III- As Intervenções brasileiras nos países platinos: · Guerra contra Oribe e Rosas- 1851; · Guerra contra Aguirre- 1864; · Guerra do Paraguai-…