Perls
FFLCH – FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
História Do Brasil Independente I
Profª. Dra. Karen Macknow Lisboa
O MANIFESTO REPUBLICANO DE 1870 E A CRISE IMPERIAL
Introdução
O texto aborda, em linhas gerais e com amplo enfoque, o Manifesto Republicano de 1870, articulando as ideias políticas reformadoras contidas no documento, contrárias ao regime imperial vigente, conforme consta no início do discurso: “Em um regime de compressão e de violência, conspirar seria o nosso direito. Mas, no regime das ficções e da corrupção em que vivemos, discutir é o nosso dever.” . Liderado por Quintino Bocaiúva, jornalista e defensor do ideal republicano, o trecho nos mostra o intento das palavras: ao mesmo tempo, demonstra a real insatisfação contra o regime a ponto de apontar como solução a conspiração contra o Império, mas que inicialmente seria necessária a interpretação estrutural de todos os pontos que compõem a sociedade, governo-povo. É clara, no texto, a fuga de qualquer julgamento que se poderia ser feito a eles como promotores de desordem ou revolucionários. Para apoiar a discussão, recorro ao que se chamou Geração Intelectual de 1870, movimento abarcado e influenciado pelos ideais europeus em evidência no século XIX, com o intuito de interpretar, mas sob outro viés, talves, a estrutura social brasileira.
Para apoiar o desenvolvimento dissertativo, selecionei a mais lúcida autora sobre o tema: Angela Alonso, cuja especialidade temática é o movimento intelectual que tentava desvendar e refomar o quadro político. Alonso trilha um caminho menos tradicional de abordar o movimento, classificando-o como não autônomo, inteiramente “importado“ e mal aplicado por aqui.
Voltando ao objeto principal da análise, apesar de conter inúmeras explicações no início do texto, a publicação é de um manifesto de fato, cujo intuito era informar à sociedade em si o quadro de desintegração política e social que advinha de um