Os Escravos Paul Veyne

de cidade", pergunta Pausânias, “um lugar que não tem edifícios públicos, nem ginásio, nem teatro, nem praça, nem adução de água a nenhuma fonte e onde as pessoas vivem em cabanas iguais às choças (kalybai) penduradas na borda de um barranco?"”. (VEYNE, 2009, p. 170). A civilização romana tinha uma espécie de código de moral e posturas a serem seguidos pelos habitantes eram normas sociais tradicionais que interferiam na vida publica e privada e militar, definindo a posição e função…

próprio imperialismo. A enorme extensão do Império dificultava a administração, a defesa e o controle militar. Já para Sengulane (2007:140) aponta como causa principal da queda a escravatura. Que com o fim das guerras de conquistas resultou falta de escravos e consequente falta de mão-de-obra, o que levou Roma a uma forte crise na produção de alimentos. Como resultado desta crise económica o Estado romano passa a aumentar, de forma sistemática, os impostos, o que por sua vez se…

séries discursivas, produziram novos acontecimentos. É através do devir, designado como história, que irrompem práticas que se projetam nos mais diferentes saberes, constituindo objetivações que as correspondem e fundamentam realidades de momento (VEYNE, 1998:259). Assim, “a crise da polis” não é o final da história de uma idéia que, moribunda, transforma uma sociedade, mas antes, a indicação da situação que marca condições de existência de práticas cujas raridades engendram…

existindo assim um espaço chamado de Ágora, um tipo de praça publica onde os cidadãos se reunião para discutir sobre as decisões que o estado deveria tomar, os considerados cidadãos atenienses eram poucos, sendo excluídos as mulheres, os estrangeiros e escravos. Com a pratica da oralidade democrática, que se deu no século VI a.C, os filósofos se tornam os primeiros questionadores do estado; só sendo um grande orador para conseguir se posicionar durante a assembléia e obter a…

tudo o que, pertencendo ao homem, depende do homem, serve o homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem” (Le Goff, 1990). Entretanto, alguns historiadores não vêem a história como ciência. Paul Veyne, por exemplo, é um desses historiadores. Para ele, a história comporta apenas “núcleos de cientificidade” nos quais se situam toda a organização teórica e conceitual para operar com a história. Na visão desse autor, o “vir a ser”…

FICHAMENTO ROUCHE, Michel. Alta Idade Média Ocidental In: VEYNE, Paul (Org.). História da Vida Privada: do Império Romano ao Ano Mil. São Paulo: Cia das Letras, pp 404-439; “ Barbárie, cultura: as sociedades ditas barbaras têm uma cultura e as que se chamadas civilizadas adquirem uma a custa de esforços para o melhor ou pior; puritanos estetas, sociedades altamente militarizadas ou espirito de empreendimento capitalista fazem parte também do segundo genêro”. (p 404) “ Gregório, bispo de Tours

considerados bons se dedicavam se chamavam liberalidades. Os ricos romano-africanos que aparecem na obra Apologia tinham sua riqueza proveniente do campo, referindo-se que Pudentila fez uma grande doação de terras, produtos agrícolas, rebanhos e escravos a seus filhos, além de apontar os seus adversários, em várias partes do discurso como homens do campo. Considera-se pelo análise da formação político-cultural, dos cargos ocupados pelos envolvidos no processo contra Apuleio e o valor…

quinhão foi, quando criança, frequentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a trabalhos vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um escravo a sala de aula onde teu pai lecionava’. Demóstenes ganhou triunfalmente o processo.” Paul Veyne. Trabalho de ócio. Em G. Duby (Org.). Do Império Romano ao ano mil. Trad. Hildergard Feiust, São Paulo: Companhia das Letras. 1990. p. 125-6 (História da Vida Privada, 1). …

greco-romana não era constituída somente de escravos e senhores. Segundo Paul Veyne, historiador francês, afirma que apenas a quarta parte da mão-de-obra era escrava, pois havia outros trabalhadores além deles, como pero exemplo: os meeiros = diaristas assalariados, artesãos e campesinato que viviam lado a lado com os escravos. Assim, a “escravidão” caracteriza essas sociedades, cujos trabalhadores viviam oprimidos pelos senhores e proprietários. CONDIÇÃO DO ESCRAVO Trabalhava a terra…

nas pólis gregas, em Roma e seus domínios, e nas cidades da Europa medieval até a Renascença. A pesquisa se apoiou em obras de autores que tratam da sociabilidade no período citado, entre os quais: Lewis Mumford, Georges Duby, Jacques Le Goff, Paul Veyne e Richard Sennett. A partir de suas descrições das práticas de sociabilidade – e em confronto com as análises da forma urbana, como as de Leonardo Benevolo e Edmund Bacon – foi possível delinear a evolução (origens, transformações, interrupções