história e memória jacques le goff
ROUCHE, Michel. Alta Idade Média Ocidental In: VEYNE, Paul (Org.). História da Vida Privada: do Império Romano ao Ano Mil. São Paulo: Cia das Letras, pp 404-439;
“ Barbárie, cultura: as sociedades ditas barbaras têm uma cultura e as que se chamadas civilizadas adquirem uma a custa de esforços para o melhor ou pior; puritanos estetas, sociedades altamente militarizadas ou espirito de empreendimento capitalista fazem parte também do segundo genêro”. (p 404)
“ Gregório, bispo de Tours, nos da o tom exato da vida privada na Alta Idade Média. Um fato fundamental acaba de acontecer ao rei: nasceu-lhe um menino. Só o sexo masculino é digno de interesse”. (p 406)
“ Com efeito dos cinco filhos de Chilperico só este sobreviverá, o futuro Clotário II, mas já nos permite delinear o cenário da vida na Alta Idade Média: amor, violência, angustia e morte, não obstante a busca da felicidade nos confins de uma sociedade agrícola”. (p 406)
“ O Império tardio havia glorificado o Estado e desenvolvido o direito para criar a paz e burlar a guerra. As tribos germânicas que fundaram monarquias sempre foram vistas pelos galo-romanos como uma bando de bárbaros e escravos cujo único dever se resumia a submeter-se a nova Roma, Constantinopla”. (p 408)
“ O cimento dessa organização não é, como em Roma, a idéia de salvação publica e de bem comum, porém, antes, a reunião de interesses privados numa associação provisória automaticamente reconstruída pela vitória.” (p 409)
“ Seus predecessores merovíngios e carolíngios não conseguiam compreender o que hoje nos parece evidente, porque as leis germânicas inconscientemente confundiam o domínio publico do privado.” (p 410)
“ A personalidade das leis reforçava o enclausuramento da sociedade e despojava a justiça de toda a característica de universalidade – ponto fundamental pra a lei romana, aplicável a todos os cidadãos do Império.” (p 411)
Guerreiros recebiam tesouros pessoais chamadas butim, eram suas partes em pilhagens e