RESENHA MAGIA E PODER NO IMPÉRIO ROMANO de Semíramis Corsi Silva
A autora diz que por meio de leitura bibliográfica, podemos perceber que os homens são especialmente mencionados nos processos judiciários relativos ao crime de práticas mágicas e também foram os maiores praticantes da magia em si, enquanto que no campo literário as mulheres são em geral mais citadas, constatando assim que se processavam mais homens no principado romano porque havia uma preocupação maior com as possíveis ligações deste com a magia. Percebe-se que na obra Apologia um discurso que não está isento de ideologias, não devendo deixar de decodificar a linguagem contida nesta obra como uma forma de interação social, repleta de significados, como uma representação do real de Apuleio. Busca-se analisar as acusações apontadas contra o mesmo com construções que representam o mundo social, compreendendo que os adversários fazem parte de um grupo social com determinados interesses próprios e ao verem seus interesses em perigo, representam as práticas de Apuleio como Magia Goetéa (uma denominação usada para definir um grau inferior de práticas mágicas, de reputação maléfica e fraudulenta) algo proibido por lei no mundo romano.
O início explana sobre a vida e obra de Apuleio (geralmente atribui-se o prenome Lúcio, mas não se sabe ao certo se esse foi seu nome ou se foi associado a ele devido ao personagem Lucius, de seu romance Metamorfoses), há controvérsias sobre os dados biográficos a respeito de Apuleio, bem como sobre a maioria dos autores da antiguidade clássica, assim considera-se como biografia do autor uma montagem de dados