O Semeador E Ladrilhador

Resumo: HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia da Letras, 2013. Páginas: 93 a 188 (Capítulo 4, 5, 6 e 7). RAÍZES DO BRASIL CAPÍTULO 4: O SEMEADOR E O LADRILHADOR A fundação de cidades como instrumento de dominação O autor compara a fundação de cidades nos processos de colonização Espanhóis e Portugueses na América. “Em nosso próprio continente a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: uma aplicação insistente em assegurar…

revista e bastante relativizada pelos trabalhos mais recentes da história cultural e da geografia urbana. 12 SANTOS, op. cit., p. 18. 13 Cf. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das letras, 1997. Cap. 4: O semeador e o ladrilhador, p. 93-138. Estudiosos têm se dedicado ao exame das ideologias, contradições e métodos subjacentes ao “Raízes do Brasil”, escrito entre 1927 e 1936; aspectos circunstanciais que teriam condicionado as teorias de Holanda,…

Oliveira Vianna, nesse momento da sua análise um anti Toqueville, pois é na centralização que indica a via da liberdade.” As interpretações a posteriori sobre a obra de Oliveira Viana são vastas, Luiz Guilherme Piva, expõe este debate em Ladrilhadores e Semeadores. Vemos em nossa frente neste momento, um debate que permeará as Ciências Sociais por bastante tempo. Dois grandes pensadores que propõe soluções diferentes para tentar lapidar essa singularidade (neste ponto acho que todos…

valores ceristãos. Sermão a Sexagésima - Pe. Vieira: Semear é uma arte que tem mais de natureza do que arte (música - compasso; arquiteturas - regras; aritmética - contas; geografia - medidas). Semaear é uma arte sem arte, caia onde cair. O Semeador e o ladrilhador - capítulo de Raízes do Brasil (1936). AS PRIMEIRAS VILAS Traçados acidentados de grandes irregularidades desenvolvidos por engenheiros militares. Plantas xadrez, quadras alongadas, se acomodavam ao desnível do terreno.…

onde o autor discorre sobre as diferenças dos reinos ibéricos no campo político-administrativo, com as implicações disso no futuro da colônia. Poderia ser relacionado ao capítulo 4 do livro “Raízes do Brasil”, também de SBH, intitulado “o semeador e o ladrilhador”. Não vou discutir essa relação nesta resenha por considerar o capítulo conclusivo de “Visão do Paraíso” um tanto desafinado com o conjunto da obra. Como considerações finais deste trabalho, afirmo que “Visão do Paraíso” é…

uma relação problemática entre instâncias públicas e privadas. O livro foi escrito na forma de um longo ensaio histórico, tendo sido dividido em sete partes: 1 - Fronteiras da Europa/ 2 - Trabalho e Aventura/ 3 - Herança Cultural/ 4 - O Semeador e O Ladrilhador/ 5 - O Homem Cordial/ 6 - Novos Tempos/ 7 - Nossa Revolução O trecho que mais nos interessa, neste momento, é o já citado “Homem Cordial”, e é nele que nos ateremos nos próximos parágrafos. Para apresentar esse conceito no…

Capitulo 4 O SEMEADOR E O LADRILHADOR A habitação em cidades é essencialmente antinatural, na medida em que se opõem à natureza. Para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram. Os domínios rurais ganhavam tanto mais em importância, quanto mais livres se achassem da influência das fundações de centros urbanos, ou seja, quanto mais distassem das fronteiras. A colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à

do trabalho, que preza pelo “esforço sem perspectiva de rápido proveito material” (BUARQUE, Sérgio, 2000). Ao comparar as cidades portuguesas com as espanholas, define que o espanhol é um ladrilhador, que constrói suas cidades de forma a racionalizar o espaço. Ao contrário, o português é apenas um semeador, que sai semeando cidades irregulares que se confundem com a paisagem. Também é através dessa negação do trabalho, somada a falta de planejamento, a uma demanda de mercado e, a…

moldar o processo de urbanização, apesar, ou, antes, através dos excessos patriarcalistas semi-feudais que geraram inúmeros conflitos na transição do campo para a cidade, dando origem a uma síntese entre estes dois extremos. 4º Capítulo, “Semeador e o Ladrilhador” – Nesta parte, o autor vem tratar das dicotomias que caracterizaram os modelos de colonização das Américas Portuguesa e Espanhola. A condução do processo colonizador teria ocorrido de auspícios diversos um do outro. Enquanto a…

fenômeno que se instalou aqui com os colonos portugueses, desde que se fixaram à terra. O predomínio esmagador do ruralismo, foi antes um fenômeno típico do esforço dos nossos colonizadores do que uma imposição do meio. Capítulo 4 – O Semeador e o Ladrilhador Para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram. A experiência tem demonstrado que este recurso, entre todos, é o mais duradouro e eficiente. A colonização…