Resumo Ra Zes Do Brasil
RAÍZES DO BRASIL
CAPÍTULO 4: O SEMEADOR E O LADRILHADOR
A fundação de cidades como instrumento de dominação
O autor compara a fundação de cidades nos processos de colonização Espanhóis e Portugueses na América.
“Em nosso próprio continente a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras conquistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados” (p. 95 e 96).
Como exemplos de medidas dos espanhóis na construção das cidades na terra colonizada, o autor destaca: traçado retilíneo dos centros urbanos, a busca por regiões saudáveis, as possibilidades de abrigo e proteção nas diferentes áreas. Em contrapartida, segundo o autor, os colonizadores portugueses realizaram tímidos empreendimentos “mal aparelhados para vencer”.
Segundo o autor, essas diferenças no investimento são atribuídas ao predominante “caráter de exploração comercial” dos portugueses nas terras brasileiras, na medida em que os espanhóis pretendiam fazer das terras colonizadas um “prolongamento orgânico” do seu país.
Outra diferença destacada é o processo de territorialização das cidades coloniais: os portugueses instalaram-se nas áreas litorâneas, enquanto espanhóis preferiram as terras no interior e dos planaltos, em razão do clima. Segundo o autor, essa preferência foi de cunho econômico, uma vez que a proximidade do mar facilitava a exportação de gêneros de procedência brasileira para a Europa. “A influência dessa colonização litorânea, que praticavam, de preferência, os portugueses, ainda persiste até os nossos dias. Quando hoje se fala em “interior”, pensa-se como no século XVI, em região escassamente povoada e apenas atingida pela cultura urbana” (p. 101).
Com a descoberta de ouro em MG, já