MEU RESUMO Ra Zes Do Brasil
1. Fronteiras da Europa
2. Trabalho e Aventura
Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois princípios que se combatem e regulam diversamente as atividades dos homens.
Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do aventureiro e do trabalhador.
Para uns (AVENTUREIRO), o objeto final, a mira de todo o esforço, o ponto de chegada, assume relevância tão capital, que chega a dispensar, por secundárias, quase supérfluos, todos os processos intermediários.
Seu ideal será colher o fruto sem plantar a arvore.
Esse tipo humano ignora as fronteiras. No mundo tudo se apresenta a ele em generosa amplitude e, onde quer que se erija um obstáculo a seus propósitos ambiciosos, sabe transformar esse obstáculo em trampolim. O trabalhador, ao contrario, é aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. O esforço lento, pouco compensador e persistente, que, no entanto, mede todas as possibilidades de esperdício e sabe tirar o máximo proveito do insignificante, tem sentido bem nítido para ele. Seu campo visual é naturalmente restrito. A parte maior que o todo.
Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética da aventura. Assim, o individuo do tipo trabalhador só atribuirá valor moral positivo as ações que sente animo de praticar e, inversamente, terá por imorais e detestáveis as qualidades próprias do aventureiro – audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem – tudo enfim, quanto se relacione com a concepção espaçosa do mundo característica desse tipo.
Por outro lado, as energias e esforços que dirigem a um recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros; as energias que visam à estabilidade, à paz, à segurança pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido proveito material passam, ao contrario, por viciosos e desprezíveis para eles. Nada lhes parece mais estupido e mesquinho do que o ideal do trabalhador.
Na obra da conquista e colonização dos novos mundos coube ao “trabalhador”, no