Adorno Industriacultural
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
ADORNO E A INDÚSTRIA CULTURAL: O PREJUÍZO DA SUBJETIVIDADE
MOSSORÓ/RN
2007.2
ALAN EUGÊNIO DANTAS FREIRE
ADORNO E A INDÚSTRIA CULTURAL: O PREJUÍZO DA SUBJETIVIDADE
Trabalho apresentado ao Prof. Guilherme Martins, como requisito de avaliação da disciplina Filosofia da Cultura, do curso de Licenciatura em Filosofia.
MOSSORÓ/RN
2007.2
Adorno e a Indústria Cultural: o Prejuízo da Subjetividade
Alan Eugênio Dantas Freire1
A Escola de Frankfurt é conhecidamente um grande espaço para a reflexão da Filosofia da Cultura, especialmente quanto às novas formas de arte. Nesta Escola, nascem conceitos e fomentam-se férteis críticas sociais, a ponto de poder se estabelecer e reconhecer uma teoria crítica da sociedade. Tal crítica faz uma referência especial às culturas de massa, buscando critérios para a definição da obra de arte. Com A Dialética do Esclarecimento (1947), Adorno e Horkheimer, dois grandes expoentes da Escola de Frankfurt, propõem o conceito de Indústria Cultural, que revela um pessimismo cultural consideravelmente fraco em se tratando da realidade sociocultural em que estamos inseridos. Com esse termo, designa-se a condição degenerada da produção cultural sob as condições de desenvolvimento do capitalismo avançado, no qual toda criação e manifestação cultural tende a transformar-se em mercadoria para o consumo de massas, isentando-se de seu potencial crítico e emancipatório.
Adorno fala de uma massificação da arte que a descaracteriza, uma vez que o seu fim é o lucro, fruto dos ditames do sistema econômico vigente. Há uma perda da subjetividade, pois esta nova arte tende a homogeneizar o pensamento das pessoas e aliená-las, comportamento este provocado pela necessidade da produção em série. Dessa forma, a técnica da reprodução acaba por sacrificar o caráter e a essência da obra de arte. E se a