Numa tentativa de nomear os mais poderosos níveis dessa indústria,o autor cita os setores do aço, petróleo, eletricidade e química. Segundo elesão esses segmentos as molas propulsoras da indústria cultural, eles ditam asnecessidades mais “prioritárias” da sociedade em favor da venda de seusserviços. A esses setores somam-se então outras unidades menores queconstitui uma “...unidade implacável da indústria cultural...” unidade emformação política.Essas ideias de diferentes padrões fazem com que “espontaneamente” osujeito seja levado a escolher uma das categorias já implantadas, “Asvantagens e desvantagens que os conhecedores discutem servem apenaspara perpetuar a ilusão da concorrência e da possibilidade de escolha.” Naverdade a televisão, o rádio e o cinema também têm tendênciasuniformizantes, no sentido de inter-relacionar a palavra, a música e imagem 2. fazendo com que facilmente o objetivo de venda seja contemplado por todos ossentidos e vendido “democraticamente”.Até no lazer Adorno percebe essa unificação caracterizada pela indústriacultural, “ clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali ecompletamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Confirmá-lo, compondo-o, eis aí sua razão de ser. Desde o começo do filme já se sabecomo ele termina...”Essa totalidade deu fim a particularidade da música isolada, danuance da cor numa tela, da penetração psicológica do romance, enfim, não hánecessidade de esforços para ver além do que está posto, ou simplesmentedeixar-se levar pela imaginação. Essa indústria funciona como “facilitadora”voraz da criatividade, como forma de conduzi-la a seus caminhos, não mais oscaminhos que potencialmente poderiam ser desenhados. Isso faz com quetudo que fuja a determinação dessa totalidade seja considerado sem relação aela “a chamada ideia abrangente é um classificador que serve para estabelecerordem, mas não conexão.” Funciona como filtro, estabelecendo o que éverdade do que não é.A liberdade,