O Legado Da Raça Branca Florestan Fernandes

superioridade “racial” e do racismo “científico”, oriundas da intelectualidade européia da segunda metade do século XIX. As 110 Revista de Teoria da História Ano 5, Número 9, jul/2013 Universidade Federal de Goiás ISSN: 2175-5892 temáticas da “raça”, do arianismo e o racismo marcaram a obra e a recepção de Vianna nos meios acadêmicos brasileiros. A partir dos anos 1950, críticas contundentes como as de Nelson Werneck Sodré e Sérgio Buarque de Holanda ao viés explicitamente…

independentes. Esta é a transição mais importante para a configuração do que conhecemos como Brasil moderno. Todas as heterarquias que chegam à América a partir de 1500 são atualizadas, aprofundadas, relidas e reinterpretadas neste momento histórico. Florestan Fernandes em A Revolução Burguesa no Brasil (1979) constrói uma leitura interessantíssima sobre o período. Mas não se pode perder de vista que ele é um homem branco europeu na perspectiva ocidental européia e tende a traçar um…

racial não era esquecida e muito menos desprezada. O movimento abolicionista, com relação à questão racial e a inclusão da população negra não é diferente de nenhum movimento nascente na classe dominante. O movimento configurava-se por uma elite branca pensando proposta de uma nova sociedade a qual incluiria a camada da população negra da mesma forma que outrora: de forma paternalista e condescendente. Em uma defesa extremamente perspicaz, alguns sociólogos a exemplo de Joanildo…

manter a qualquer custo seu domínio, e acabou por prejudicar o desenvolvimento e avanços da raça negra ao longo de todos esses anos, mas hoje a nação afro-descendente exige ser reconhecido, ter oportunidades iguais no mercado de trabalho. A transformação já vem ocorrendo e as gerações futuras é que serão beneficiadas. Que esse século XXI represente a base de um processo que resgate valores e costumes da raça negra que construiu a história da cultura brasileira pautada na submissão de…

A questão racial brasileira vista por três professores FLORESTAN FERNANDES JOÃO BAPTISTA BORGES PEREIRA ORACY NOGUEIRA Apresentação de LILIA MORITZ SCHWARCZ A APRESENTAÇÃO* s entrevistas que se seguem foram publicadas, pela primeira vez, no jor- nal A Gazeta, em 27 de agosto de 1966. Depois disso, foram veiculadas em uma edição limitada do Departamento de Antropologia da PUC. A mais formal e a última das publicações foi a da ECAUSP, editada em 1971 pelo prof. Egon Schaden

sociedade atual, com os nossos valores e culturas. Serão explicados alguns conceitos que são importantes para o entendimento da miscigenação sofrida pelos brasileiros. Veremos também analises e estudos feitos por estudiosos como Gilberto Freyre e Florestan Fernandes a respeito do papel do negro na formação da sociedade brasileira. Também falaremos sobre a cultura e seus diversos aspectos, como instrumento de controle que guia a sociedade. Veremos também quando a cultura era…

católico e despótico”. (apud Azevedo 1996: 150). Célia Azevedo registra ainda a opinião do francês Quentin, em 1867, segundo a qual “o que facilitará singularmente a transição [para o trabalho livre] no Brasil é que lá não existe nenhum preconceito de raça”. (apud Azevedo 1996: 156). Do mesmo modo, para o período pós-abolicionista, Hellwig (1996) alinhava uma série de artigos escritos por afro-americanos, entre 1910 e 1940, reafirmando a crença generalizada num país sem…

corte fascista que têm marcado a nova política de migrações da União Européia e o crescimento do racismo e da xenofobia na Europa.Como o objetivo deste artigo e construir uma relação entre o racismo x futebol brasileiro, iremos trabalhar o seguinte legado: os aspectos formadores da cultura, da identidade e da etnicidade brasileiras. Trazidos da África desde o início do século XVI, trabalhadores escravos negros tiveram grande papel na economia do Brasil até o século XIX e assim…

tratada com equidade, mesmo sem ser ou ter sido escrava, era absurdamente infame. Isto é, aceitava-se como fato que a escravidão corrompia a alma e rebaixava o ser, tornando o escravo em algo próximo a uma besta, mas repudiava-se o estigma da cor ou da raça. Para os abolicionistas, portanto, a escravidão e seu estigma seriam mais uma doença social que um destino racial. 3 “Mesmo um país católico como o Brasil – um país que nós, em nosso orgulho, estigmatizamos como semibárbaro –…

tratada com equidade, mesmo sem ser ou ter sido escrava, era absurdamente infame. Isto é, aceitava-se como fato que a escravidão corrompia a alma e rebaixava o ser, tornando o escravo em algo próximo a uma besta, mas repudiava-se o estigma da cor ou da raça. Para os abolicionistas, portanto, a escravidão e seu estigma seriam mais uma doença social que um destino racial. 2 3 “Mesmo um país católico como o Brasil – um país que nós, em nosso orgulho, estigmatizamos como semibárbaro – não…