Historiografia Le Goff

oferece uma das visões mais abrangentes sobre um universo cultural. Portanto, não é ao sabor do acaso ou por modismos historiográficos que as concepções, experiências ou práticas do tempo pelo medievo têm atraído cada vez mais a atenção da historiografia medievalista, ainda que esta atenção na maioria das vezes se contenha às poucas páginas de um artigo ou de um capítulo de um estudo maior. Este campo de investigação que teve na nouvelle histoire os esforços mais sistemáticos para…

salvação e santidade por meio de celebrações religiosas; por outro, ao vislumbrá-lo como promotor da dissipação carnal e da nefasta imposição da morte ele o exorcizava pela penitência, pelo jejum, pelo apego ao espiritual. Já o mercador – de acordo com Le Goff – vivenciava o tempo de maneira oposta, considerando-o um artefato profano: um quadro rotineiro e habitual de medidas e referências para orientação em meio à trama de acontecimentos que o envolviam, tais como planejamento de…

francesa Annales) começou o movimento conhecido como escola dos Anais que buscavam o intercâmbio da história com as diversas ciências sociais. • 1970 Jacques Le Goff deu impulso a nova histórias que ampliou o campo de indagações. • Nas décadas de 80 e 90 – com o pós-modernismo alguns pensadores criticaram os métodos anteriores e diziam que a historiografia deve ser entendida como um gênero puramente literário. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO • Assim como há a história geral, há também a…

pelos próprios historiadores. Jacques Le Goff, por exemplo, reconhece que o fato histórico é objeto de uma construção do historiador, que embora deva sempre buscar a imparcialidade, não pode escapar totalmente à sua subjetividade. Isso porém não significa que Le Goff abandone a noção de verdade histórica nem o objetivo da história enquanto ciência capaz de desmascarar as mistificações. Embora reconheça o caráter de construção narrativa da história, Jacques Le Goff recusa-se a reduzi-la à…

“Qual a situação da verdade nos discursos historiográficos?”[1] este é o tema central dessa obra de Keith Jenkins. O fato é que a historiografia moderna tem rejeitado todas as antigas verdades, (tais como o cristianismo ou o próprio marxismo) na produção historiográfica, isso levou a história a um impasse que dura desde o começo do século XX; e, de fato, ainda hoje existe pouco de concreto na teoria da história. Não há como negar que muita coisa mudou desde a virada da Escola dos…

acabar e que a profecia do Apocalipse não é literal e sim algo simbólico. Paulo Orosio (c.385–c.420) dá continuidade à obra de Agostinho, tendo seu livro, HISTÓRIA CONTRA OS PAGÃOS, sido uma referência para o estudo da História na Idade Média. A historiografia medieval foi, por muito, tempo criticada por sua “pobreza” – já que os historiadores não se preocupavam em saber a veracidade dos fatos, apenas acreditavam nos relatos, muitas vezes de testemunhas oculares, sem criticá-los. Os…

memória- ambas presentes no contexto das pesquisas nacionais. Quanto à tradição francesa, os trabalhos do historiador Pierre Nora (1984,1993)- em relação, por sua vez, com Maurice Halbwachs (1990) são de fato paradigmáticos nas pesquisas relativas à historiografia, bem como ao ensino de História, este historiador faz diferenciar historicamente os conceitos de memória e de história; memória como tradição artesanal, afetiva, múltipla, vulnerável; história enquanto disciplina, com estatuto…

A autora vai tratar da apreciação conceitual de modernidade onde vai recorrer a conceituação de Le Goff que vai dizer que a consciência de modernidade nasce do rompimento de ruptura com o passado. Então no Brasil na sua primeira metade do século XX buscou absorver essa “atmosfera” de modernidade trazida principalmente pelos pensamentos das vanguardas europeias. A ideia de uma nação como uma unidade nacional, sob os pontos de vista cultural, político e econômico tinha grande aceitação no…

HISTÓRIA SOCIAL A história social surgiu a partir do movimento e revista dos Annales criado por Febvre e Bloch na França em 1929, movimento que manifestavam contra a historiografia factualista, onde antes se escrevia história de grandes reis, príncipes, fatos heróicos isto é, discurso de uma elite hierárquica. No entanto, a nova história passou a focalizar os grupos excluídos, como por exemplo: negros, indígenas etc. sendo assim, preocupando-se com os agentes coletivos.…

contemporaneidade se distancie em várias aspectos do passado, não podemos deixar de desconsiderar que nossas raízes estão lá e que se as coisas chegaram a um determinado ponto, seja visto de um ângulo positivo ou negativo, devemos a nossos ancestrais e a historiografia, que torna-se a ponte para o passado sem precisarmos nos deslocar para tão longe. Frente ao exposto acredita-se que o tempo é tão importante em nossas vidas, mas por vezes nos pegamos a pensar: como compreender algo que…