Espelho Umberto Eco

Múltiplas histórias que integram um todo coerente - Umberto Eco reserva o papel de guardião da grande biblioteca da abadia onde desenrola a trama de O Nome da Rosa a um velho cego, Jorge de Burgos, “mais velho que qualquer um aqui do mosteiro”. O personagem é o reconhecimento da influência que a obra Jorge Luis Borges exerce sobre o autor italiano. A referência também é visível no labirinto das inúmeras salas hexagonais repletas de livros e espelhos que remetem não somente ao conto A…

Historia e assim por diante, como a própria autora nos dias “não é mais possível imaginar que a história se faz estritamente com textos escritos.” (MIGUEL, 1993: 121)7 A autora ainda nos mostra que é essencial desviar os estudos da chamada ‘teoria do espelho’ que se orienta com a fotográfica sendo um reflexo do real, e tentar compreende-las como fonte a partir das suas proposições óbvias, como por exemplos os arranjos visíveis na própria imagem, sem ir além, sem construir esquemas que…

Cidadão Kane (Orson Welles): O cinema se divide em antes e depois deste filme. A história do magnata da empresa Charles Foster Kane é contada pelo diretor com a câmera posicionada em ângulos inéditos, cenários desolados refletidos na profundidade dos espelhos e uma narrativa em flashbacks, distribuídas em diversos pontos de vista. Mostra que há tantas maneiras de buscar a verdade quanto esta tem de se ocultar. Danton, o processo da revolução (Andrzej Wajda): A filme retrata a França…

tempos: 1) a fotografia como espelho do real (o discurso da mimese). O efeito de realidade ligado à imagem fotográfica foi a princípio atribuído à semelhança existente entre a foto e seu referente. De início, a fotografia só é percebida pelo olhar ingênuo como um “analogon” objetivo do real. Parece mimética por essência. 2) a fotografia como transformação do real (o discurso do código e da desconstrução). Logo se manifestou uma reação contra esse ilusionismo do espelho fotográfico.…

Com base no marxismo, profundamente crítica no que diz respeito a comunicação. Para LIMA “é como se a teoria da indústria cultural fosse a teoria da comunicação marxista.” Em seu estudo, apresenta a visão do texto “Apocaliptico e Integrado” de Umberto Eco, onde é possível perceber que para uns a cultura de massa homogeniza, destrói a cultura popular, infantiliza e incentiva a passividade. Entretanto, para outros, os meios de comunicação de massa democratizam, informam, educam e não…

década de 1960, surge na Itália e na França um grupo de pesquisadores que penetraram nos estudos de comunicação de massa pelo viés da mensagem, utilizando a técnica da análise de conteúdo. Tratava-se de um grupo de estruturalistas, formado por Umberto Eco, Edgar Morin, Roland Barthes, Jean Baudrillard, entre outros. Seus estudos estavam centrados no entorno dos meios acadêmicos, artísticos, em peças publicitárias, histórias em quadrinhos e “estrelas de cinema pela pop art” (SANTOS, 2003, p. 93).

meio é a mensagem"). A grande contribuição que esta linha teórica deu e que, de uma maneira clara, influenciou no processo de formação de uma rede das redes que desembocou no advento da Internet, refere-se à velocidade da informação. Segundo Umberto Eco (apud WOLF, 2002), a Teoria da Informação contou com uma série de estudos dedicados ao desafio de aumentar e otimizar a velocidade dos fluxos comunicacionais, diminuir as distorções e aumentar o rendimento global do processo de…

Uma boa história desperta interesse, apresenta uma dinâmica que permite ao leitor partilhar emoções e experiências vivenciadas pelos personagens. O que a torna interessante é o elemento gerador da dinâmica narrativa, o chamado conflito. Umberto Eco, escritor italiano, faz a seguinte reflexão acerca do ato de narrar: Entendo que para contar é necessário primeiramente construir um mundo, o mais mobiliado possível, até os últimos pormenores. Constrói-se um rio, duas margens, e…

Apocalípticos e Integrados - Umberto Eco # PREFÁCIO É profundamente injusto subsumir atitudes humanas com toda a sua variedade, com todos os seus matizes sob dois conceitos genéricos e polêmicos como "apocalíptico" e "integrado". Certas coisas se fazem porque a escolha de título para um livro tem suas exigências (trata-se, como veremos, de indústria cultural, termo, aliás, que procuraremos inserir numa acepção a mais descongestionada passível); e também porque, se quisermos importar…

escritor italiano Umberto Eco evidencia essa subjetividade da beleza através de um trecho escrito por David Hume, mostrando que: “A beleza não é uma qualidade das próprias coisas; existe apenas no espírito que as contempla e cada um percebe uma beleza diversa. (...) Procurar estabelecer uma beleza real, ou uma deformidade real, é uma busca tão infrutífera como procurar estabelecer o que é realmente doce ou amargo. (...) e tem razão o provérbio que reconhece que gosto não se discute.”…