Dussel Eurocentrismo

progressivamente se forja a emancipação do homem, que é, posteriormente, estendida a toda a humanidade como modelo a ser seguido. O resto do mundo constitui o agente passivo, marginal, é o “outro” que não é “descoberto”, mas “ocultado” como afirma Enrique Dussel[4] e recebe o verbum dos Direitos Humanos do Ocidente civilizado. É claro que esta história está mal contada. Marx, nos propõe uma leitura diferente, e nos alerta para a consideração de que a História Universal, que Hegel…

progressivamente se forja a emancipação do homem, que é, posteriormente, estendida a toda a humanidade como modelo a ser seguido. O resto do mundo constitui o agente passivo, marginal, é o “outro” que não é “descoberto”, mas “ocultado” como afirma Enrique Dussel[4] e recebe o verbum dos Direitos Humanos do Ocidente civilizado. É claro que esta história está mal contada. Marx, nos propõe uma leitura diferente, e nos alerta para a consideração de que a História Universal,…

geral em todos os países latino-americanos desde o primeiro terço do século XIX. Que a filosofia na América Latina deve ter uma marca própria sem necessariamente tenha que renunciar a uma pretensão de universalidade. 15. Quando Enrique Dussel no texto “O Eurocentrismo” afirma que no conceito de emancipador da “Modernidade” está encoberto um “mito”, o que ele quer dizer? A que mito ele está se referindo? A história universal é a disciplina da indómita vontade natural dirigida para a…

países. O ESPAÇO: CONDIÇÃO PARA A COMPREENSÃO DO SISTEMA-MUNDO MODERNO-COLONIAL A dimensão espacial é fundamental, ainda, para uma boa caracterização do ‘sistema-mundo’ moderno-colonial (I. Wallesrtein, Aníbal Quijano, Edgardo Lander, Enrique Dussel, Fernando Coronil, Santiago-Gómez, Walter Mignolo, Catherine Walsh entre outros), assim como o papel que a natureza joga na constituição desse mesmo mundo moderno-colonial. Afinal, a Europa só se afirma como centro geopolítico e…

2005). De acordo com Dussel (2000), no século XIII, a região geográfica que hoje conhecemos como Europa manteve sempre papel periférico dentro do contexto histórico do continente euro-afro-asiático. Até o século XV, a Europa formava um local secundário e isolado em relação ao “mundo turco e muçulmano, que domina politicamente do Marrocos até o Egito, a Mesopotâmia, o Império Mongol do Norte da Índia e os reinos mercantis de Malaca, até a ilha de Mindanao, nas Filipinas” (Dussel,…

apresentado algo de grandioso na arte ou na ciência […]. (apud Mignolo, 2003: 633-4) A sincronia entre o projecto da ciência moderna, o projecto colonial e o projecto do capitalismo 1 é bastante clara. Apesar da primeira modernidade (defendida por Dussel e Mignolo) ter-se iniciado com as primeiras navegações de portugueses e espanhóis nos séculos XV e XVI, será nos séculos XVIII e XIX que, não só a ciência moderna conhece um maior desenvolvimento, como a revolução industrial atinge o…

questão da visão etnocêntrica que a Europa possuía sobre os demais continentes, em particular à África. Para aqueles, as tribos africanas eram consideradas primitivas, por conta da ausência de tecnologia e a ligação com a natureza destas últimas. O eurocentrismo, visão dominante da época, em parte, foi responsável por tal consideração. Dusselv esclarece que o princípio da chamada “modernidade” vi estava no conceito de que a Europa ocupava um lugar central no mundo e que todas as demais…

Castro-Gómez, Santiago. Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. En libro: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Edgardo Lander (org). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. setembro 2005. pp.169-186. Disponible en la World Wide Web: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/lander/pt/CastroGomez.rtf www.clacso.org RED DE BIBLIOTECAS VIRTUALES DE CIENCIAS SOCIALES DE

história do Mundo. Os povos do Novo Mundo foram parte integrante, desde os primórdios, da moderna história do Ocidente, mas a sua integração sempre foi, até os dias de hoje, uma integração subordinada, dependente, ao mesmo tempo includente e excludente (DUSSEL 1995). O primeiro grande encontro, ou melhor desencontro, entre a Europa e os povos “descobertos”, deu origem ao maior genocídio de que se tem memória na história da humanidade.(McALISTER 1985: 115-118; TODOROV 1999). A…

II. Lisboa, Edições Colibri, 2007. MUNANGA, Kabengele. Antropologia Africana: Mito ou realidade. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 26, p. 151-160, 1983. QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber. Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-Americanas. Buenos Aires, CLACSO, 2005. THOMAZ, Omar Ribeiro. "O bom povo português": usos e costumes d´aquém e d´além-mar. Mana [online], Rio de…