“E-jornal”: morte do jornal impresso?
O texto “Assim é, se lhe parece”, de Ricardo Noblat apresenta um diálogo entre um jornalista e um cidadão, que faz algumas perguntas a ele, deixando-o algumas vezes irritado e confuso, como: “(...) por que os jornais não têm menos páginas?” , “Se não atraírem leitores jovens, no futuro os jornais não terão mais leitores, estou certo?”. Considerando esses questionamentos, poderíamos irritá-lo ainda mais, com as seguintes dúvidas: O jornal impresso está condenado à morte? Ele será substituído por outro suporte? Afinal, qual o futuro dos jornais?
O jornal impresso está no corredor da morte desde o aparecimento de outros meios de comunicação, em especial, a mídia digital, a internet.
Entretanto, as injeções letais são gradativas: mata uma empresa jornalística aqui outra acolá. Segundo a revista britânica The Economist, “De todas as
"antigas" mídias, o jornal é o que mais tem a perder com a internet. Há décadas a circulação de jornais impressos tem tido queda nos Estados Unidos, na Europa Ocidental, na América Latina, Austrália e Nova Zelândia (...). Philip
Meyer, autor do livro The Vanishing Newspaper (O desaparecimento do jornal), calcula que o primeiro trimestre de 2043 será o momento em que o texto impresso em papel desaparecerá nos Estados Unidos”.
No Brasil, esses dados não são diferentes, de acordo com o Blog da
Comunicação, “(...). A bola da vez agora é o jornal curitibano O Estado do
Paraná. A tradicional publicação, fundada em 1951, vai parar de circular nas bancas de jornal (...). Em 2005 o jornal vendia 50 mil exemplares por dia.
Fechou 2010 com apenas 25 mil exemplares sendo comercializados. (...)
Agora, o jornal existirá apenas pela internet.” Com essas informações, compreendemos que a morte do jornal impresso não é exagero, nem maldade, mas uma constatação da realidade e necessidade do mundo contemporâneo e digital. Por enquanto, ele ainda vive e circula entre nós; sabe dividir o espaço