MÍDIA JOVEM: REFLEXÕES SOBRE OS SUPLEMENTOS DE JORNAIS DIRIGIDOS A JOVENS
SILVIA BERTOLDO GUERREIRO1
RESUMO
Este artigo apresenta um histórico sobre a produção de suplementos jornalísticos impressos para jovens produzidos entre 2002 e 2012 no Brasil. Investiga e apresenta quantos e quais suplementos jornalísticos continuam em circulação após dez anos de sua criação. O estudo revela que a produção de mídia para jovens decaiu nos últimos anos. Dentre os veículos pesquisados, somente seis produzem conteúdos para este público.
Palavras – chave: juventude; mídia jovem; suplementos jornalísticos.
Introdução
Nos últimos vinte anos, o Brasil observou a sua população de jovens atingir a taxa de 50 milhões de pessoas, representando mais de 25% de sua população total. Um fenômeno que foi chamado de “Onda Jovem”. Este numeroso grupo, impôs à governantes, especialistas e sociedade o desafio de construir estruturas políticas e sociais para garantir direitos. Ao mesmo tempo, o crescimento desse grupo exigiu que mecanismos culturais e de comunicação respeitassem seus desejos e especificidades.
Neste momento, os veículos de comunicação encontram uma oportunidade para se reinventar e abraçam as demandas juvenis criando produtos de comunicação segmentados voltados aos jovens. Neste estudo, nos interessa fazer um breve histórico sobre os suplementos para jovens produzidos pelos principais jornais impressos do nosso País entre os anos de 2002 e 2012. Além disso, investigar quantos e quais destes suplementos jornalísticos continuam em circulação após dez anos de criação, confeccionando um retrato sobre a produção de conteúdos para jovens feita hoje nos jornais impressos brasileiros.
Da origem do conceito de juventude
Ao contrário do que vem sendo registrado em estudos e pesquisas, as origens do conceito de juventude se voltam a eventos anteriores ao uso do termo teenager nos Estados Unidos na década de 1950, eternizado no artigo de Elliot E. Cohen, no