“Educação não – formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas” (Maria da Glória Gohn)
- Considera-se a educação não formal como uma área de conhecimento em construção
- Na educação não formal as metodologias operadas no processo de aprendizagem parte da cultura dos indivíduos e dos grupos. O método nasce a partir da problematização da vida cotidiana, os conteúdos emergem a partir dos temas que se colocam como necessidades, carências, desafios, obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizadas; os conteúdos não são dados a priori. São construídos no processo. O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circunda as pessoas. Penetra-se portanto no campo simbólico, das orientações e representações que conferem sentido e significado às ações humanas. Supõe a existência da motivação das pessoas que participam. Ela é dinâmica. Visa a formação integral dos indivíduos. Neste sentido tem um caráter humanista.
- A educação não – formal se diferencia das outras (formal e informal) como educação social, porque a maioria das outras propostas ao se dirigirem para os excluídos objetivam, na maior parte das vezes, apenas inseri-los no mercado de trabalho. A educação não formal é aquela voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo. Homens e Mulheres. Ela não substitui ou compete com a educação escolar (formal). Poderá ajudar na complementação desta via programações específicas, articulando escola e comunidade educativa localizada no entorno da escola.
- ONDE se educa? (local físico)
Na educação não formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processos interativos intencionais (a questão da intencionalidade é um elemento importante de diferenciação)
- COMO se educa? Em que situação, em qual contexto?
A educação não formal ocorre em ambientes e situações interativas