É PRECISO SABER GRAMÁTICA PARA FALAR BEM?
Cleildes Maria de Oliveira
Jackson Leandro Bento da Silva
Tássia Rochelli Gameleira de Souza
Tereza Cristina Holanda Melo
Solange Maria Barros Lima Pinto
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ser aquela velha opinião formada sobre tudo.”
(Raul Seixas)
Resumo
Com base em entrevistas realizadas, o presente estudo tem por objetivo apresentar uma análise sobre as variações linguísticas, presentes na oralidade, comparadas entre duas pessoas de diferentes níveis de escolaridade e diferente faixa etária (o primeiro entrevistado tem trinta e três anos, com nível médio completo; o segundo entrevistado tem apenas cinco anos de idade e cursa o segundo ano do Ensino Fundamental Básico). Para o atendimento do objetivo proposto, este estudo está dividido em quatro partes. Na primeira parte, abordaremos sobre o ensino de gramática dentro da sala de aula; na segunda, faremos algumas considerações sobre o ensino de gramática tradicional e as variedades linguísticas; na terceira parte, analisaremos as entrevistas, focando no tema ora abordado; e por último faremos observações finais acerca do trabalho desenvolvido.
Palavras chaves: variações linguísticas, gramática normativa, entrevista.
1-Introdução
É imensa a confusão existente entre estudar a língua e estudar a gramática. Tal confusão favorece a perpetuação da crença de que é preciso saber gramática para falar bem, ou seja, o domínio da língua fica na dependência do conhecimento da nomenclatura gramatical e das definições apresentadas na gramática normativa.
Entramos e saímos da escola acreditando que o papel fundamental das aulas de Língua Portuguesa se resume em sua totalidade em ensinar a utilizar as regras e normas presentes na gramática, e os conteúdos trabalhados dentro da sala de aula, muitas vezes, não ultrapassam as paredes da escola.
Ressaltadas a focalização deste trabalho, cumpre-nos esclarecer que, trataremos neste espaço